Foto: Márcio Silva
MANAUS, AM – Desde que assumiu a prefeitura de Manaus, em 1° de janeiro, o prefeito David Almeida (Avante) tem promovido diversas obras, como reformas em praças e outros logradouros públicos. Mas, ao contrário do que se esperava, os problemas estruturais ainda persistem.
É o caso, por exemplo, da Rotatória Umberto Calderaro Filho, a Bola das Letras, no Dom Pedro, Zona Centro-Oeste da capital. O local, que é um encontro entre as avenidas Theomário Pinto da Costa e Jacira Reis, é conhecido por ser um local de alto fluxo de trânsito, problema que assola a cidade há pelo menos 15 anos.
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A rotatória teve sua reforma inaugurada no dia 3 de junho, com direito à festa, e é apontada como uma das grandes vitórias da curta gestão de David. No entanto, o problema do trânsito ainda persiste na região, em praticamente todos os horários do dia.
Outro local que foi alvo de uma “maquiagem” da Prefeitura de Manaus foi o Passeio do Mindu, na Zona Centro-Sul da capital. A calçada do passeio foi completamente reformada, mas frequentadores do local dizem que a reforma foi completamente desnecessária.
“A calçada já estava boa, mas eles tiraram tudo e refizeram só pra colocar uma pintura. Sinceramente, eu achei desnecessário. O igarapé precisava ser limpo, mas até agora, nada”, diz um frequentador do local, que prefere não se identificar.
Periferia esquecida
Há quem diga, ainda, que as obras feitas por David estão contemplando somente as áreas mais “nobres” da cidade, enquanto a periferia sofre. José Ribamar, que é morador do bairro Petrópolis, na Zona Sul da capital, aponta diversos problemas na região, como falta de asfaltamento ou asfaltamento precário até mesmo em avenidas arteriais da cidade.
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“O que a gente percebe é que o prefeito está reformando mais as áreas que ficam perto de condomínios, áreas nobres. Só que nos bairros, por exemplo, a gente não tá vendo isso. Na minha rua, por exemplo, o asfalto está bastante ruim, e a prefeitura quase não visita e não passa. Eu acho, inclusive, que esse valor que foi gasto nessas obras poderia ser investido em outras obras muito mais importanes”, diz ele.
Já para Aristeu Alves, que reside no bairro de Flores, a prefeitura paga uma nota para as empresas fazerem obras na cidade, e as empresas fazem de qualquer jeito, sem qualquer fiscalização. Segundo ele, a rua onde ele mora é “cheia de buracos”, problema que – segundo ele – vem desde a gestão de Arthur Neto (PSDB).
“Eu tenho certeza absoluta que esse dinheiro que está sendo investido poderia ser revertido para ações mais concretas, como saneamento básico, infraestrutura e esportes, e não nessa maquiagem que a prefeitura está fazendo. Tem rua que nem tem asfalto, tem rua que quando chove, é uma tristeza, e só o que a gente vê é pintura de rua”, aponta.
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