Manaus, 9 de maio de 2024
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Política

‘Parar só porque o patrão tá mandando não dá’, diz Omar sobre caminhoneiros

O movimento iniciou nessa quarta (8), um dia após as falas de Bolsonaro contra o STF e as reivindicações da classe não estão bem definidas

‘Parar só porque o patrão tá mandando não dá’, diz Omar sobre caminhoneiros

Foto: Reprodução/Twitter

BRASÍLIA, DF – A paralisação dos caminhoneiros que acontece no Brasil, desde essa quarta-feira (8), motivada pelas manifestações do 7 de setembro, afeta mais de quinze cidades em todo o país e algumas já sofrem com os impactos dessa parada.

Para o senador e presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI da Covid), Omar Aziz (PSD), a parada dos caminhoneiros é desnecessária em um momento que o país já enfrenta alta na inflação; Omar também disse que desconhece os reais motivos dessa parada.

“Parar só porque estão contra o Supremo? Não dá para entender. Não é porque veste uma camisa do Brasil ou carrega uma bandeira, que você é melhor que os outros brasileiros. Não sei qual a pauta que eles estão defendendo, se for pelo preço do gás, dos combustíveis, da alta na inflação, tudo bem; mas parar só porque o patrão tá mandando não dá!”, disse Omar Aziz, se referindo ao presidente da República, Jair Messias Bolsonaro e às manifestações de 7 de setembro.

Omar Aziz também disse que todo o país está sendo prejudicado com a paralisação e que o setor que vai ter os maiores impactos é o do agronegócio, que não terá como escoar a produção agrícola, caso a paralisação permaneça por mais tempo.

“A paralisação afeta todo mundo, com isso, quem sofre mais ainda é o agronegócio. A inflação que já está alta vai aumentar mais ainda. O Brasil é o único país que os produtos só amentam, nunca baixam os preços”, comentar o senador.

Em grande parte das cidades, os caminhoneiros reivindicavam por pautas defendidas pelo próprio presidente, como voto impresso, são contrários ao STF, além da alta no preço dos combustíveis.

Leia mais: Após suspender sessões do Senado, Pacheco diz que Brasil vive ‘crise de fome e miséria’

Senado parado

Após os discursos do presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido), no Dia da Independência, sobre o Supremo Tribunal Federal (STF), o Brasil deu uma estagnada, principalmente nas atividades no Senado Federal, que há dois dias não há sessões deliberativas no Plenário, conforme agenda de divulgação no site da instituição.

As falas do presidente incitaram diretamente os ministros do STF, Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A paralisação no Senado foi anunciada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

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