SÃO PAULO – A Comissão de Ética do Partido Novo decidiu pela expulsão da vereadora Janaína Lima da agremiação e pela suspensão de um ano da vereadora Cris Monteiro.
A decisão ocorreu após as duas parlamentares se envolverem em uma discussão e, posteriormente, em uma briga no banheiro da Câmara no dia 10 de novembro de 2021, quando ocorria a votação da Reforma da Previdência Municipal.
As vereadores podem recorrer contra a decisão no Diretório Nacional do partido no prazo de dez dias.
Nas redes sociais, a vereadora Janaína Lima lamentou a decisão de ser expulsa da legenda e alegou que não teve o direito de se defender.
“Recebo com tristeza e sentimento de forte injustiça tal decisão, considerando ter sido tolhido meu direito à ampla defesa”, afirmou.
Outro lado
Durante o período de suspensão, a vereadora Cris Monteiro poderá continuar participando de sessões plenárias e manter o direito a voto. No entanto, ela não poderá integrar as comissões da Casa (permanentes ou CPIs), atuar na liderança da sigla e nem participar de nenhum ato partidário.
Briga
A briga que motivou a punição das vereadoras ocorreu no dia de votação da Reforma da Previdência Municipal. As duas parlamentares começaram a discutir em plenário, mas a confusão continuou quando as duas foram para o banheiro da Câmara.
Na ocasião, Cris Monteiro alegou no boletim de ocorrência que foi agarrada pelo pescoço por Janaína e mostrou ferimentos na região. A parlamentar também afirmou que teve a peruca arrancada pela colega.
Em sua defesa, Janaína disse que agiu em legítima defesa e negou que tenha tentado enforcar a colega.
Corregedoria
No dia 10 de fevereiro, a Corregedoria da Câmara de São Paulo afastou os pedidos de cassação das vereadoras Janaina Lima e Cris Monteiro, ambas do Novo.
A Corregedoria admitiu, porém, o pedido de processar as duas parlamentares com a suspensão de prerrogativas das vereadoras. Tanto Janaina Lima quanto Cris Monteiro podem ficar até 6 meses sem ocupar a presidência ou vice-presidência de qualquer comissão da Câmara.
Além disso, elas perderiam o direito de discursar no pequeno expediente, quando os vereadores falam sobre temas livres. E ainda não poderiam ser relatoras de qualquer projeto durante esse período.
As vereadoras podem recorrer, e a decisão sobre uma eventual cassação ser levada a plenário.
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