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Política

Pazuello diz que cloroquina não influenciou número de mortes

Pazuello é o primeiro convocado pela CPI a contar com o benefício de poder ficar em silêncio quando for questionado pelos senadores se entender que há o risco de autoincriminação

Pazuello diz que cloroquina não influenciou número de mortes

Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado

BRASÍLIA , DF – A Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia começou a ouvir nesta quarta-feira (19) o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, uma das oitivas mais aguardadas da CPI. A sessão foi suspensa para votação da ordem do dia no plenário do Senado Federal e voltará nesta quinta-feira (20), às 9h30.

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O depoimento da secretária de Gestão do Trabalho e Educação no Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, que estava previsto para esta quinta, foi transferido para a próxima terça-feira (25).

Na oitiva, o militar atribuiu a criação do aplicativo TrateCov à secretária Mayra Pinheiro, disse que que as cinco cláusulas apresentadas pela farmacêutica Pfizer, em 2020, eram “assustadoras”, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nunca pediu para “desfazer” contrato com o Instituto Butantan e ressaltou que o chefe do Executivo nunca lhe deu ordens diretas “para nada”.

Contando o período em que ficou de forma interina à frente do Ministério da Saúde, Pazuello foi o ministro que por mais tempo coordenou os esforços do governo federal no combate à pandemia do novo coronavírus, entre maio de 2020 e março de 2021.

Originalmente, o depoimento de Pazuello estava marcado para 5 de maio, mas acabou transferido para esta quarta depois que o general da ativa do Exército Brasileiro afirmou ter entrado em contato com duas pessoas que testaram positivo para a Covid-19.

Pazuello é o primeiro convocado pela CPI a contar com o benefício de poder ficar em silêncio quando for questionado pelos senadores se entender que há o risco de autoincriminação, medida concedida pelo ministro do Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Sessão suspensa

Enquanto os senadores acompanhavam a sessão no plenário do Senado, o presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), escreveu no Twitter que 23 parlamentares ainda estavam inscritos para indagarem o general e por isso a sessão foi encerrada.

Durante a pausa na comissão, o senador Otto Alencar (PSD-BA) — que é médico — afirmou que o ex-ministro passou mal e teve uma síndrome vasovagal. O ex-ministro, porém, disse que não teve nenhum mal-estar.

“Ele [Pazuello] teve uma síndrome vasovagal, que acontece com as pessoas que estão muito emocionadas e que também ficam muito tempo em pé. É uma perda sanguinea do tórax e do cérebro, que recua muito para os membros inferiores. Quando eu cheguei na sala do cafézinho, ele estava muito pálido”, informou Alencar.

O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) também desmentiu a declaração dada pelo parlamentar. “Informação não foi essa. O ex-ministro estava descansando porque foi uma semana extensa. Na hora que o senador Otto entrou, viu ele descansando, brincou. Não tinha nada disso. A sessão foia apenas suspensa ali porque começou a ordem do dia. Como tem quatro pautas, o senador Omar decidiu cancelar. Mas estava tudo tranquilo. Houve esse boato que ocorreu, mas não teve absolutamente nada. Digo isso até para tranquilizar os familiares. Não teve nenhum momento de estresse em relação a isso”, disse Girão.

 

 

*Com informações CNN