Manaus, 24 de maio de 2024
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Cidades

Peritos analisam sangue e sêmen em pertences do maníaco Marinésio

A delegacia de Planaltina (DF) concluiu sete inquéritos que investigam o cozinheiro, entre eles seis estupros, feminicídio e ocultação de cadáver

Peritos analisam sangue e sêmen em pertences do maníaco Marinésio

A 31ª Delegacia de Polícia de Planaltina (DF) concluiu sete inquéritos que investigam o maníaco Marinésio dos Santos Olinto, 41 anos, e os encaminhou à Justiça. O cozinheiro vai responder por seis estupros tentados e consumados, feminicídio, ocultação de cadáver, crimes agravados por qualificadoras, como motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima.

Entre os casos, Marinésio foi indiciado pelo assassinato da advogada e funcionária terceirizada do Ministério da Educação (MEC), Letícia de Sousa Curado, 26. De acordo com a Polícia Civil, o laudo preliminar indica que a vítima não foi estuprada. Alguns exames, porém, estão pendentes, como a dinâmica do crime.

Os policiais também querem saber o motivo pelo qual havia sêmen em um short do maníaco. A peça foi apreendida na casa dele, em Planaltina, e era usada pelo maníaco no dia do crime. Os investigadores também recolheram na residência do acusado um par de chuteiras manchadas de sangue.

Entre as vítimas, estão duas irmãs, de 21 e 18 anos. Elas foram abordadas na Rodoviária de Planaltina um dia depois do assassinato de Letícia Curado. O cozinheiro ofereceu carona a elas após buscar a própria filha em festa realizada em um restaurante comunitário. O indiciamento, neste caso, inclui estupro, pelo fato de Marinésio ter mandado a irmã mais velha pegar em suas partes íntimas.

Os inquéritos se referem às seguintes vítimas*:

Jovem de 19 anos — Foi atacada na Vila Vicentina, em Planaltina, em novembro de 2017. Teve o estupro consumado;

Mulher de 39 anos — Foi atacada em 2013 quando estava em uma parada de ônibus. Ela conseguiu escapar e o maníaco não conseguiu consumar o estupro;

Irmãs de 21 e 18 anos — Marinésio ofereceu carona a elas na Rodoviária de Planaltina, um dia depois de matar Letícia, no dia 24 de agosto. Vai responder por estupro de uma delas;

Mulher de 24 anos — Foi atacada em 11 de agosto, às margens da DF-130, próximo ao Morro da Capelinha. Ela pulou do carro em movimento e conseguiu escapar. O estupro foi tentado;

Janaína Dias Lopes, 25 anos – Diz ter sido atacada pelo suspeito em 2015, próximo à parada de ônibus do Hospital Regional de Planaltina (HRP). O maníaco, segundo conta, usou uma faca para obrigar a entrar em seu carro. Ele teria dirigido até matagal nos arredores, onde tentou estuprá-la e a enforcou. A vítima fingiu-se de morta para se livrar do suspeito;

Mulher de 50 anos — Atacada em 4 de agosto, teve o estupro tentado. O crime ocorreu em uma área rural próximo ao Vale do Amanhecer;

Letícia de Sousa Curado, 26 — Assassinada no dia 23 de agosto, em Planaltina. Ela desapareceu após sair de casa para ir ao trabalho, na Esplanada dos Ministérios. Marinésio a pegou em uma parada de ônibus e depois a estrangulou. O corpo da funcionária terceirizada do Ministério da Educação foi encontrado dentro de manilha localizada às margens da DF-250, na mesma região.

 

(*) Com informações do site Metrópoles