Rio de Janeiro (RJ) – Após o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama) negar o pedido para a exploração de um bloco de petróleo na foz do Rio Amazonas, no Amapá, a Petrobras informou que vai recorrer da decisão. Nesta sexta-feira (19), a empresa divulgou nota dizendo que ainda não tinha sido notificada oficialmente.
“Recebemos com surpresa a notícia de indeferimento do processo de licenciamento ambiental do bloco FZA-M-59 em Amapá – Águas Profundas e informa que ainda não foi notificada oficialmente. Continuaremos buscando essa licença e vamos exercer o direito de pedir reconsideração em âmbito administrativo”, diz trecho da nota.
A petrolífera reiterou que atendeu rigorosamente a todos os requisitos do processo de licenciamento e todos os recursos no Amapá e no Pará referente ao simulado para testar os planos de resposta à emergência, em atendimento a decisões do Ibama.
O bloco, segundo a Petrobras, é um compromisso assumido perante a ANP, que incorre em multa contratual se não for realizado, alegou a Petrobras. A Petrobras afirma, ainda, que a perfuração do poço fica a uma distância de 175 quilômetros da costa do Amapá e a mais de 500 quilômetros de distância da foz do Rio Amazonas.
A empresa reconhece a importância de assegurar a segurança energética do país e os recursos necessários para uma transição energética justa e sustentável. Para suprir a demanda futura do Brasil por petróleo, o país terá de procurar novas fontes, além do pré-sal.
“Com essa decisão, o país abre mão do direito de confirmar potencial que poderia contribuir para o desenvolvimento econômico e social das regiões Norte e Nordeste do país”, diz a Petrobras.
Randolfe rompe com Marina
A decisão do Ibama desagradou o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues, do Amapá, que anunciou a desfiliação da Rede Sustentabilidade nesta quinta-feira (18). O parlamentar ainda não informou qual deve ser seu novo partido.
Nas redes sociais, Randolfe criticou a decisão do órgão dirigido por Marina Silva (Rede). “A decisão do Ibama, contrária a pesquisas na costa do Amapá, não ouviu o governo local e nenhum cidadão do meu estado. O povo amapaense quer ter o direito de ser escutado sobre a possível existência e eventual destino de nossas riquezas”, disse Randolfe.
“Junto a todas as instâncias do governo federal, reuniremos todos aqueles que querem o desenvolvimento sustentável do Amapá, para, de forma técnica, legal e responsável, lutarmos contra essa decisão”, afirmou.
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