Manaus, 3 de maio de 2024
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Economia

Petroleiros paralisam atividades para suspender privatização da Petrobras

Para a Federação Única dos Petroleiros, privatizar a Petrobras vai à contramão da orientação do atual governo

Petroleiros paralisam atividades para suspender privatização da Petrobras

A paralisação faz parte do calendário de lutas da Federação Única dos Petroleiros (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Rio de Janeiro Petroleiros de todo o Brasil vão cruzar os braços na próxima sexta-feira (24), em uma grande paralisação nacional. A ação exige a suspensão das privatizações e a saída da gestão indicada pelo ex-presidente Bolsonaro da Petrobras.

A paralisação, aprovada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos, faz parte do calendário de lutas, com paralisações, estado de greve, ações políticas e jurídicas, para impedir que a gestão da Petrobras dê prosseguimento às privatizações.

Segundo a direção da FUP, com quase três meses de governo Lula (PT), a diretoria e o Conselho de Administração da Petrobras seguem ocupados por indicados de Jair Bolsonaro (PL), que correm contra o tempo para concluir as vendas de ativos e boicotam as propostas de reconstrução da estatal.

Petrobras ignora orientação do governo Lula

Para a FUP, ao retomar a venda da Lubnor (CE) e dos polos de produção do Rio Grande do Norte e do Espírito Santo, a Petrobras vai na contramão da orientação do atual governo, via Ministério das Minas e Energia, para que a empresa interrompesse as privatizações.

Em documento enviado à estatal no dia primeiro de março, o MME solicitou a suspensão por 90 dias da venda dos ativos que estão em andamento, reforça a direção da entidade.

A FUP e seus sindicatos estão acionando o governo para que cumpra o seu papel de acionista controlador da estatal e oriente os indicados da União no CA a votarem pela suspensão das privatizações.

Estado de greve

Durante a paralisação nacional da categoria petroleira na sexta, os sindicatos iniciarão assembleias para que os trabalhadores avaliem a aprovação de estado de greve contra qualquer tentativa de privatização de ativos da Petrobras no governo Lula.

O projeto que foi eleito nas urnas foi o de reconstrução do Sistema Petrobras e não de continuidade do desmonte, diz a direção da FUP, que completa: “Se venderam a Refinaria Landulpho Alves (Rlam) pela metade do preço em uma negociação que ocorreu paralelamente à entrada ilegal no Brasil de R$ 16,5 milhões em joias recebidas de forma suspeita por Bolsonaro, como presente do governo da Arábia Saudita, que tem relações estreitas com o fundo de investimentos que comprou a refinaria baiana, imagine o que pode estar por trás das outras privatizações”, diz o documento.

(*) Com informações da Federação Única dos Petroleiros

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