Fabrício Moura de Queiroz, 30, foi preso acusado de matar a amante Suely Pereira dos Santos, de 43 anos, com 24 facadas. O crime ocorreu em outubro de 2018, dentro de um motel localizado na Avenida André Araújo, bairro Aleixo, zona Centro-Sul de Manaus. A vítima estava grávida.
Policiais da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) cumpriram o mandado de prisão na sexta-feira, 23, porém o suspeito foi apresentado na manhã de hoje, 26.
Segundo o titular da DEHS, Paulo Martins, Fabrício confessou o crime e alegou que a vítima estaria fazendo ameaças aos filhos, frutos da união com a esposa. Os dois mantinham o caso há pelo menos 6 meses.
“[No dia do crime] ele saiu mais cedo do trabalho, ela o encontrou na parada e os dois acabaram discutindo”, disse o delegado em uma live nas redes sociais.
Suely estaria com a faca e o suspeito acabou tomando o objeto durante a briga. Em seguida, desferiu 24 golpes na vítima que não resistiu aos ferimentos e foi a óbito.
Fabrício foi localizado após alugar um imóvel que pertencia a um policial civil. O titular da DEHS informou que ele recebia apoio da família para continuar foragido e que mudou o visual, cabelo e barba, para despistar a equipe de investigação.
O acusado será indiciado por homicídio, ele será encaminhado ao Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM) onde ficará a disposição da Justiça.
Martins esclareceu que caberá a Justiça determina se o caso é um duplo homicídio, uma vez que a vítima estava grávida. “O Ministério Público e o Tribunal é que devem decidir, levando em conta o tempo da gestação. No entanto, com certeza é um fator agravante”.
“Eu não sabia que ela estava grávida”, diz suspeito
Em conversa com a imprensa, Fabrício disse que conheceu a vítima em um ônibus e que os dois estavam juntos há apenas 40 dias, contrariando a versão do depoimento dado à polícia.
“Eu não sabia que ela estava grávida, fiquei sabendo agora. Acredito que perdi a noção do real, teve uma hora que ela disse que eu ia me arrepender de tudo o que eu estava fazendo com ela. Eu e meus filhos”, declarou.
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Ao ser questionado sobre o que falaria a família da vítima, o suspeito limitou-se a apenas dizer que não queria ter cometido o crime. “Estou muito arrependido do que fiz”, disse.
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