Manaus, 25 de abril de 2024
×
Manaus, 25 de abril de 2024

Política

Bolsonaro defende indicação de Alexandre Ramagem para a PF

Para chefiar a Polícia Federal, Bolsonaro escolheu Alexandre Ramagem, atual diretor-geral da Abin que é também amigo de um dos seus filhos

Bolsonaro defende indicação de Alexandre Ramagem para a PF

Presidente Jair Bolsonaro cumprimenta o diretor-geral da Abin, Alexandre Ramagem (Foto: Valter Campanato/ABr)

O presidente Jair Bolsonaro defendeu neste domingo, 26, para o comando da Polícia Federal o nome de Alexandre Ramagem, que é amigo de seu filho Carlos Bolsonaro.

“E daí?”, respondeu, após ser questionado em uma rede social sobre a proximidade familiar com o escolhido.

O presidente também disse que o ex-ministro da Justiça Sergio Moro mentiu ao afirmar que houve tentativa de interferência política na atuação da PF.

Após a demissão de Maurício Valeixo da direção-geral da PF e a consequente saída de Sergio Moro do governo, Bolsonaro escolheu o diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Alexandre Ramagem, para chefiar a polícia.

O nome foi defendido pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). Em foto postada em redes sociais, Ramagem aparece em uma festa ao lado do filho do presidente, que é alvo de apuração da PF.

Saiba mais em:

Sergio Moro sai atirando e diz que Bolsonaro não cumpriu acordos

Carla Zambelli revela novas mensagens de Moro e faz acusações 

 

No Facebook, Bolsonaro foi questionado por uma mulher sobre o fato de Ramagem ser amigo de seus filhos.

“E daí? Antes de conhecer meus filhos, eu conheci o Ramagem. Por isso deve ser vetado? Devo escolher alguém amigo de quem?”, disse.

Outro usuário da rede social postou na página de Bolsonaro reportagem do jornal Folha de S.Paulo publicada neste sábado, 25, que revelou que a Polícia Federal identificou Carlos como um dos articuladores de um esquema criminoso de fake news.

Dentro da Polícia Federal, não há dúvidas de que Bolsonaro quis exonerar Valeixo, homem da confiança de Moro, porque tinha ciência de que a corporação havia chegado a seu filho.

Em resposta ao usuário, o presidente criticou o jornal. “Acreditando na Folha de S.Paulo. Só quando criminalizarem a liberdade de expressão você vai aprender”, escreveu na rede social.

Os comentários do presidente foram feitos em uma postagem na qual ele diz que não trocou nenhum superintendente da PF e que as indicações foram feitas pelo próprio ministro Moro ou pelo diretor-geral. “Lamentavelmente o ex-ministro mentiu sobre interferência na Polícia Federal”, disse Bolsonaro.

O inquérito que agora envolve Carlos foi aberto em março do ano passado pelo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Dias Toffoli, com o objetivo de apurar o uso de notícias falsas para ameaçar e caluniar ministros do tribunal.

 

(*) Com informações da FohlaPress