Manaus, 1 de maio de 2024
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Cenário

Políticos se solidarizam sobre incêndio na Praça 14, mas não doam um colchão às vítimas

Após um incêndio de grandes proporções no bairro Praça 14, que destruiu 11 casas, políticos do AM expressaram solidariedade às famílias, mas nem todos destacaram o que realmente farão em prol das famílias.

Políticos se solidarizam sobre incêndio na Praça 14, mas não doam um colchão às vítimas

(Fotos: Reprodução/Divulgação/Montagem Portal AM1

Manaus (AM) – Um incêndio de grandes proporções atingiu 11 casas no beco Nonato, bairro Praça 14, zona Sul de Manaus, nesta sexta-feira (12), justamente às vésperas do aniversário de 140 anos.

Os políticos do Amazonas, cientes da situação, aproveitaram para se solidarizar sobre o ocorrido, no entanto, não disponibilizaram, até o momento, nenhuma ajuda concreta às famílias.

Conforme o Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM), não houve vítimas, porém, as chamas destruíram completamente as residências –o que deixou os moradores desesperados. As pessoas começaram a carregar seus pertences antes que as chamas os consumisse por completo.

Em vídeos compartilhados pelas redes sociais, é possível ver que o fogo se alastrou rapidamente pelas residências pelo fato de as casas serem construídas de madeira e muito perto uma das outras.

Foram deslocadas 14 viaturas para o local e mais de 40 bombeiros atuaram diretamente no combate ao sinistro.

“Solidariedade”

Após vídeos se espalharem pelas redes sociais dos amazonenses, os políticos começaram a se manifestar sobre a fatalidade em solidariedade às famílias, mas não ofereceram nenhum tipo de ajuda às vítimas que perderam suas casas, ou seja, a solidariedade ficou só pelas redes sociais.

O deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas, Roberto Cidade (UB), que até esta sexta-feira exerce o posto de governador interino enquanto Wilson Lima (UB) está na China a negócios, e o vice-governador Tadeu de Souza (Avante) está de férias, compartilhou um vídeo e escreveu que Manaus precisa urgentemente de moradias dignas, alfinetando o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante).

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O deputado federal Capitão Alberto Neto (PL) ofereceu solidariedade e chegou a dizer que “é hora de união do poder público para ajudar essas famílias afetadas por essa tragédia”, mas não deixou claro se vai ajudar de alguma forma.

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Já o seu colega da bancada federal, Adail Filho (Republicanos), além de se solidarizar, disse que está “empenhado em apoiar os esforços para reconstruir e ajudar todos os que foram impactados”, mas também não relatou de que forma o fará.

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Saullo Vianna (UB) também “expressou” sua solidariedade às 11 famílias pela perda de seus bens e, principalmente, por suas moradias. Ele se colocou “à disposição para apoiar a mobilizar a ajuda necessária” aos afetados, e como os demais, não deu detalhes sobre como realizará essa ajuda.

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Os deputados federais, Amom Mandel (Cidadania), Silas Câmara (Republicanos), Sidney Leite (PSD) e Átila Lins (PSD) não se manifestaram até o fechamento da matéria.

Deputados estaduais

Joana Darc (UB) foi a primeira representante política estadual que se dispôs a ajudar as famílias e afirmou que protocolou ofícios solicitando ajuda das Secretarias de Assistência do Estado e do município para garantir apoio.

“Recebi com espanto essa notícia e espero que fique tudo bem. Vídeos mostram pessoas saindo correndo do local, com crianças e animais. Que Deus possa proteger todos e que essa chuva que cai sobre a cidade ajude a amenizar as chamas”, lamentou a deputada.

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Cabo Maciel (PL) se solidarizou sobre o ocorrido e lamentou a perda das residências. Ele também não citou que faria alguma coisa para ajudar as famílias. “Que dessas cinzas as famílias da Comunidade do Beco Nonato renasçam com mais força e possam continuar suas vidas!!”, declarou o político.

Ao saber da tragédia, o deputado Comandante Dan (Podemos), irmão de Silas Câmara (Republicanos), também compartilhou fotos do local e solidarizou, no entanto, criticou os poderes públicos estadual e municipal, ao afirmar que quase metade de Manaus é “favelizada” e o efetivo do Corpo de Bombeiros é mínimo, precisando ser ampliado para dar conta de atender ocorrências de grande porte como esse caso.

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O irmão do prefeito, deputado estadual Daniel Almeida (Avante), foi outro parlamentar que expressou solidariedade. Daniel “fez um apelo” para que todos se unam em apoio aos moradores afetados. Apesar do pedido, o parlamentar não afirmou, em nenhum momento, que faria algo pela situação.

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A filha de Adail Pinheiro, Dra. Mayara Pinheiro (Republicanos), afirmou que “estará acompanhando as ações de assistência às famílias para que tenham total amparo”.

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Mayra Dias (Avante) colocou seu gabinete à disposição dos afetados e afirmou, ainda, que solicitou à Comissão de Assistência Social para se dirigir ao local para acompanhar a situação dos moradores.

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Mário César Filho (UB) disse que estava em contato com as autoridades locais para buscar soluções imediatas e ajudar na construção das casas que foram consumidas pelo fogo.

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Wilker Barreto (Cidadania) pediu que tanto a Prefeitura quanto o Governo do Estado ajam com celeridade para resolver a situação das famílias.

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Vereadores

Do parlamento municipal, somente os vereadores Dione Carvalho (sem partido) e Yomara Lins (PRTB) se manifestaram sobre a situação. Dione, por exemplo, compartilhou um Story onde aparece, durante a noite, envolvido para tentar ajudar os moradores.

Já Yomara, somente publicou um Story deixando seu mandato à disposição das pessoas.

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Semasc

A Prefeitura de Manaus, por meio das secretarias municipais de Segurança Pública e Defesa Social (Semseg) e da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc) informou, ainda na noite desta sexta-feira, que está fazendo o acompanhamento das 26 famílias afetadas pelo incêndio.

A Gerência de Encaminhamento e Acompanhamento (GEA) da Secretaria Executiva de Proteção e Defesa Civil (Sepdec), vinculada à Semseg, também está atuando para realizar o cadastro das famílias que deverão comparecer, na segunda-feira (15/1), à sede da Sepdec, na avenida Compensa, 770, Vila da Prata, zona Oeste, para que o GEA dê continuidade ao processo.

A orientação inicial é para que essas famílias busquem abrigo em casas de familiares até a segunda-feira. A Semasc atendeu as famílias de oito residências, que receberam cestas básicas e colchões.

A secretaria informou que será feita uma avaliação social de cada situação para análise quanto a inclusão no “Auxílio Aluguel”, já que nem todas as famílias tiveram perda total. O benefício, no valor de R$ 600, deverá ser liberado pelo operador bancário no prazo de 15 dias.

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