Manaus, 6 de maio de 2024
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Porto de Parintins recebe críticas após investimento de R$ 6 mi e reinauguração

Embarque e desembarque de cargas no Porto de Parintins aguarda a liberação do DNIT, que segue sem data definida

Porto de Parintins recebe críticas após investimento de R$ 6 mi e reinauguração

Porto de Parintins foi entregue para embarque e desembarque de passageiros (Foto: Dnit/Divulgação)

PARINTINS, AM – O porto de Parintins mal foi reinaugurado e já recebeu reclamações dos moradores que usam o transporte fluvial para sair da cidade conhecida por ser palco do duelo entre os bumbás Caprichoso e Garantido.

Após seis meses de interdição, o Porto de Parintins foi entregue pelo Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT) na última sexta-feira (20).

A estrutura está liberada para embarque e desembarque de passageiros, apenas. O serviço para o despacho ou recebimento de cargas ainda aguarda a liberação do DNIT, que segue com data indefinida.

Com um investimento de, aproximadamente, R$ 6 milhões, o DNIT finalizou as obras de revitalização do terminal portuário de Parintins, trocando as chapas metálicas do fundo do cais flutuante do porto que apresentavam desgaste.

No entanto, a reinauguração do porto, que deveria ser um alívio para os moradores, segue sendo um dos pontos criticados na cidade por quem o usa.

Para a moradora da Ilha Tupinambarana, Natália Iannuzzi, a única vantagem que vê com a retomada das atividades na área portuária da cidade é não precisar mais do porto privado que, segundo ela, não tem estrutura alguma para atender passageiros. O que piora durante o período de chuvas no Amazonas, deixando o local totalmente enlameado.

“Grande como Parintins é, é até uma vergonha esse porto pequeno. Até o da Vila Amazônia ganha do nosso porto, dentro do município, que é muito rico por sinal. Ele foi reformado mas ainda assim é muito pequeno para o fluxo que Parintins tem”, criticou a moradora.

Ela diz que a situação fica ainda mais “caótica” quando chega o período de cheia dos rios. Segundo a moradora, é “comum o porto desabar nesse período”.

Natália relata ainda outros problemas do porto da cidade que, segundo ela, recebem coro de outros moradores da ilha, como o tamanho da balsa onde barcos, lanchas e navios atracam, além do espaço ser descoberto.

“Vai continuar sendo insuficiente para suportar a demanda durante o Festival de Parintins”, disse ela, referindo-se ao evento que, anualmente, acontece no último final de semana do mês de junho.

Só em 2022, por exemplo, dados divulgados pela Capitania dos Portos, 107.300 turistas chegaram em Parintins por meio de 1.016 embarcações para participarem do Festival. Naquele período, o porto chegou a ser fechado pelo Dnit e, após negociação com a Prefeitura e Governo do Estado, foi reaberto parcialmente, apenas para o desembarque dos passageiros no período festivo.

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