Manaus, 27 de abril de 2024
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Cenário

Prefeituras do AM não têm como pagar reajuste a professores, diz presidente da AAM

O presidente da Associação dos Municípios afirmou que o impacto na folha de pagamento das prefeituras pode chegar a R$ 60 milhões

Prefeituras do AM não têm como pagar reajuste a professores, diz presidente da AAM

Ministério da Educação anunciou aumento de quase 15% no piso salarial dos professores (Foto: Arquivo/Agência Brasil)

MANAUS – O presidente da Associação Amazonense dos Municípios (AAM), prefeito Anderson Sousa (UB), afirmou, nessa quarta-feira (18), que as prefeituras do interior não têm como arcar com o reajuste do piso salarial dos professores. Segundo ele, o impacto financeiro chega a R$ 60 milhões.

“O governo federal precisa informar qual a fonte de recursos, porque não temos como arcar. Não temos condições de fazer o pagamento desse montante. Vamos continuar lutando para que o governo faça os aumentos em cima de recursos programados”, afirmou.

O aumento do piso é de 14,9% e foi anunciado na última segunda-feira (16) pelo ministro da Educação, Camilo Santana. Pela medida, o piso passa de R$ 3.845,63 para R$ 4.420,55, para a jornada de 40 horas semanais.

Anderson, que também é prefeito de Rio Preto da Eva, disse ainda que os municípios devem seguir a recomendação da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). A entidade vai judicializar a questão e recomendou que os prefeitos ignorem o aumento.

O presidente da Associação dos Municípios frisou que não é contra a valorização dos profissionais da Educação. No entanto, ele diz não haver verbas suficientes nas prefeituras para arcar com todas as despesas, que incluem também o transporte e a merenda escolar.

‘Marcha dos prefeitos’

Além disso, Anderson Sousa informou que o secretário-geral da associação, Andreson Adriano, prefeito de Autazes, participou de um encontro do conselho político da CNM em Brasília, nessa quarta, para tratar do assunto.

Prefeitos de todo o país pretendem levar a pauta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em breve. A principal reclamação dos municípios é que o Ministério da Educação não indicou a fonte dos recursos.

“A Confederação mostra que o governo joga muitas responsabilidades para os municípios, mas não coloca fonte de renda. Nós iremos provocar uma reunião como ministro, iremos para marcha dos prefeitos com mais de 5,7 mil municípios para levar as dificuldade, levar ao Lula”, disse Anderson Sousa.

Conforme o prefeito, na próxima sexta-feira (20), o conselho político da CNM terá uma reunião com o ministro da Educação. Já o encontro geral dos prefeitos deve ocorrer nos dias 27, 28 e 29 deste mês.

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