Manaus, 13 de maio de 2024
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Cidades

Processo formativo do novo ensino médio não alcança todos os estudantes, diz professor

Na tarde dessa quarta-feira (15), dezenas de estudantes e professores participaram de uma manifestação pedindo a revogação do novo ensino médio

Processo formativo do novo ensino médio não alcança todos os estudantes, diz professor

A manifestação aconteceu na Praça da Polícia, no Centro da cidade, na tarde desta quarta-feira (15) (Juliana Batista/Portal AM1)

Manaus- Professores e estudantes realizaram uma manifestação na tarde dessa quarta-feira (15), na Praça da Polícia, no Centro da cidade, por serem contra o novo modelo do Ensino Médio que está sendo analisado.

Os jovens e docentes reuniram-se no ‘revogaço’ após o Ministério da Educação (MEC) abrir uma consulta pública para avaliação e reestruturação da política nacional de ensino médio.

A portaria foi publicada na última quinta-feira (09) no Diário Oficial da União e dá prazo de 90 dias para as manifestações, com possibilidade de prorrogação.

O professor e também representante do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam), Cleber Ferreira, afirmou que foi necessário estudantes e professores irem às ruas para que consigam alcançar o Ministério da Educação (MEC) e pedir que a reforma não seja implementada no país.

“Nós pedimos a revogação do ensino médio, porque nós entendemos que a forma que o ensino médio foi realizado, por não conversar com professores e estudantes, onde os processos formativos não alcançam todos os estudantes. Isso ‘diluiu’ o ensino médio. E nós entendemos que precisamos ir para as ruas para poder passar esse ‘recado’ ao MEC. Nós precisamos de um novo ensino médio, de uma reforma que tenha a participação dos estudantes e professores, por isso, o Sinteam apoia a manifestação”, disse Cleber Ferreira.

A estudante Jhennifer Nicoly, de 17 anos, disse que os jovens realizaram a manifestação para defender a educação no país. E pediu uma educação de qualidade e democrática.

Estudantes em manifestação organizada (Foto: Juliana Batista/Portal AM1)

“Neste novo modelo do ensino médio, é muito importante a participação dessa nova construção com os estudantes. Uma educação com a construção, com as mãos dos estudantes que tenha a ver com os professores e com os movimentos estudantis, porque não adianta ter uma construção do novo ensino médio sem a participação dos estudantes e dos professores”, disse Jhennifer.

“Nós, estudantes, lutamos por uma educação que a gente queira, porque quem irá estudar somos nós, quem vai passar pelo processo somos nós. Então nós queremos uma educação de qualidade e democrática”.

O ‘revogaço’ aconteceu com professores e estudantes (Foto: Juliana Batista/Portal AM1)

Novo modelo do Ensino Médio

A consulta será implementada por meio de audiências públicas, oficinas de trabalho, seminários e pesquisas nacionais com estudantes, professores e gestores escolares sobre a experiência de implementação do novo ensino médio nos 26 estados e Distrito Federal.

Com o novo modelo, parte das aulas será comum a todos os estudantes do país, direcionada pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Na outra parte da formação, os próprios alunos poderão escolher um itinerário para aprofundar o aprendizado. Entre as opções, está dar ênfase, por exemplo, às áreas de linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas ou ao ensino técnico. A oferta de itinerários, entretanto, vai depender da capacidade das redes de ensino e das escolas.

Na semana passada, em nota, o MEC reconheceu que houve falta de diálogo no processo que levou à promulgação da lei do novo ensino médio e anunciou a criação de um grupo de trabalho para reunir todos os setores educacionais interessados em discutir o andamento do novo ensino médio.

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