Manaus, 20 de maio de 2024
×
Manaus, 20 de maio de 2024

Cidades

Procuradores querem investigar responsáveis por queimadas

Documento foi elaborado e enviado nesta segunda-feira, 26, ao ministro Sergio Moro pela chefe da PGR, Raquel Dodge, após reunião com Força-Tarefa Amazônia

Procuradores querem investigar responsáveis por queimadas

Reunião entre Raquel Dodge e procuradores da Amazônia foi na tarde desta segunda (Foto: Reprodução)

Após reunião emergencial com procuradores do Ministério Público Federal (MPF) que integram a Força-Tarefa Amazônia e representantes dos Ministérios Públicos dos estados do Acre, Amazonas, Pará e Rondônia na tarde desta segunda-feira, 26, em Brasília, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, solicitou ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, a instauração de um inquérito para investigar a origem e a autoria dos incêndios que vêm atingindo a Amazônia nos últimos dias. O documento já foi enviado ao ministério.

Segundo a PGR, há suspeitas de que os focos de incêndio tenham sido criminosos, por meio de ações orquestradas. Também foi anunciada a formação de uma frente do Ministério Público brasileiro em defesa da Floresta Amazônica. “O que queremos é sincronizar a atuação do Ministério Público brasileiro para que as queimadas e os incêndios cessem, e para que os infratores, aqueles que estão cometendo o gravíssimo crime de pôr fogo na floresta, sejam identificados e punidos”, afirmou a procuradora-geral, ao fim do encontro.

Dodge determinou ainda que Secretaria de Perícia, Pesquisa e Análise (Sppea), órgão vinculado à Procuradoria-Geral da República (PGR), adote medidas prioritárias para identificar provas que possam levar à identificação dos criminosos. “O foco de queimadas é grande e aconteceu em vários municípios de vários estados, e nós estamos adotando o conceito de Amazônia Legal, um território que é delimitado por lei e que exige esta proteção das autoridades constituídas no Brasil”, completou.

Atuação coordenada

Na reunião, ficou acertado que o trabalho será feito de forma coordenada entre os MPs Federal e Estadual. A medida é necessária para se evitar retrabalho e permitir a troca de informações entre as instituições legitimadas para atuar na defesa do bioma.

A procuradora-geral de Justiça do Amazonas, Leda Albuquerque, salientou a importância dessa ação coordenada para proteger a Floresta Amazônica: “Vamos fazer frente a essa ação criminosa que hoje vem devastando nossa floresta e causando danos seríssimos às populações tradicionais, aos povos indígenas e às comunidades urbanas e rurais, sobretudo, no Amazonas. Nós sentimos diariamente os efeitos das queimadas e da devastação da Floresta Amazônica”, disse.

 

*Com informações da assessoria