Manaus, 6 de maio de 2024
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Manaus, 6 de maio de 2024

Cidades

Promotor que ofendeu advogada é aposentado com remuneração de R$ 42,3 mil

O procurador-geral de Justiça interino, Aguinelo Balbi Júnior, alegou haver requisitos para a aposentadoria voluntária com salário integral.

Promotor que ofendeu advogada é aposentado com remuneração de R$ 42,3 mil

(Foto: Instagram/WalberNascimento_)

Manaus (AM) – O promotor de Justiça, Walber Nascimento, que comparou a advogara Catharina Estrella a uma “cadela” se aposentou com uma remuneração mensal R$ 42,3 mil. O ato consta no Diário Oficial publicado nessa quarta-feira (27) e é assinado pelo procurador-geral de Justiça interino, Aguinelo Balbi Júnior, que alegou requisitos para a “aposentadoria voluntária com proventos integrais e paridade de remuneração”.

O promotor irá receber o subsídio do cargo no valor de R$ 37.710,46 e mais R$ 4.635,06 de parcela de irredutibilidade, totalizando os proventos no valor de R$ 42.345,52. Veja:

Entenda o caso

Durante um julgamento e, por mais de uma vez, o magistrado teria ofendido a advogada, referindo-se a ela como uma “cadela”. Conforme Catharina Estrella, na primeira vez que o promotor a comparou ao animal, ela pediu ao juiz para constar a fala em ata. No entanto, a ofensa teve continuidade.

Ao Portal AM1, Catharina disse que o promotor quis manter as ofensas, pois acredita que, se ele tivesse pensado no calor da emoção [do julgamento], teria repensado em suas atitudes e pedido desculpas posteriormente – o que não aconteceu.

Em imagens divulgadas nas redes sociais, o promotor diz que não ofendeu a advogada, mas que no quesito lealdade, não poderia compará-la a uma cadela, pois o animal seria mais leal.

“Se tem uma característica que o cachorro tem, Dra. Catharina, é lealdade. Eles são leais, são puros, são sinceros, são verdadeiros. E, no quesito lealdade e me referindo especificamente à vossa excelência, comparar a vossa excelência com uma cadela é muito ofensivo, mas não à vossa excelência, a cadela”, disse o promotor

Após o ocorrido, a advogada apareceu em um vídeo postado no Instagram com o presidente da OAB/AM, Jean Cleuter, e salientou que não precisava passar por isso no exercício da advocacia e que o juiz, ao ver as ofensas, nada fez.

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