Quem deve ser o próximo presidente do União Brasil no Amazonas?

Wilson Lima em convenção partidária do União Brasil nas eleições de 2022 (Foto: Reprodução/Facebook)

Manaus (AM) – Com a anulação da convenção que havia reconduzido Pauderney Avelino ao comando do partido União Brasil (UB) no Amazonas, uma nova articulação política interna já mira a composição de uma nova presidência.

Mas quem dos filiados à sigla, hoje, tem competência para guiar os rumos do partido no Amazonas?

Com seis cadeiras, o UB, atualmente, possui a maior bancada na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam); são eles: Roberto Cidade, Joana Darc, Dr. George Lins, Adjuto Afonso, Mário César e Thiago Abrahim.

O partido também tem representação na Câmara dos Deputados, com os parlamentares Fausto Jr. e Saullo Vianna.

A nível nacional, o UB tem 59 deputados federais e 12 senadores.

O atual governador do Amazonas, Wilson Lima, também é filiado à sigla. No estado, é comum que a direção dos partidos fique com aqueles que possuem mandatos.

É assim com os três senadores: Eduardo Braga, presidente regional do MDB; Omar Aziz, presidente regional do PSD; e Plínio Valério, presidente regional do PSDB; e também com o prefeito de Manaus, David Almeida, que comanda o Avante.

Roberto Cidade

Vitorioso no pleito de 2022, Cidade conquistou não apenas mais quatro anos de mandato, como também a permanência por mais um biênio (2023-2024) no comando da presidência da Casa. Antes de se filiar ao UB, era presidente estadual do Partido Verde (PV) – ou seja, já conhece o caminho.

Joana Darc

Entre as mulheres, Joana foi a deputada mais votada do último pleito. No geral, ficou com a segunda posição entre os campeões de votos, atrás apenas de Cidade. Hoje, a parlamentar ocupa posição de 2ª secretária na mesa diretora.

Ela também já foi líder do governo Wilson Lima na Aleam. Joana conquistou mandato na Aleam nas Eleições de 2018, mesmo ano em que deixou o cargo de vereadora em Manaus após sair vitoriosa no pleito de 2016.

George Lins

Herdeiro dos Lins, George é um novato na Casa, mas conta com o apoio do pai, o ex-deputado estadual Belarmino Lins, o “Belão”, que permaneceu por oito mandatos seguidos na Aleam (32 anos); e também o tio, o deputado federal Átila Lins (PP), o decano da Câmara Federal com 9 mandatos seguidos.

Adjuto Afonso

Entre os filiados, Adjuto Afonso é hoje o que acumula mais tempo de mandato ao vencer as eleições nos anos de 1998, 2006, 2010, 2014, 2018 e 2022. Atualmente, o deputado não ocupa lugar de destaque na mesa diretora. Ele é 1º vice-presidência na União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale).

Mário César e Thiago Abrahim

Os deputados Mário César Filho e Thiago Abrahim ainda não ocupam posição de destaque comparada aos demais deputados e precisam percorrer um longo caminho para, quem sabe, no futuro, despontarem como favoritos na presidência de algum partido.

Fausto Jr. e Saullo Vianna

Além das seis vagas na Aleam, dois deputados federais pelo Amazonas são do União Brasil, que também tem o governador do Amazonas, Wilson Lima.

Estreantes na Câmara, Fausto Jr. e Saullo Vianna dificilmente ganharão força para brigar pelo comando, apesar de passagens pelo parlamento estadual; ambos são egressos da Aleam.

Wilson Lima desponta como favorito

O principal nome na jogada é, sem sombra de dúvidas, o do governador Wilson Lima.

Reeleito chefe do Executivo Estadual, Wilson tem, hoje, o maior arco de alianças políticas na capital e no interior do Amazonas; conta com o apoio de mais de 40 prefeitos e deve fortalecer ainda mais o seu nome e a sua gestão para ter maiores chances de disputar as eleições de 2026 para o Senado.

O governador tem procurado dialogar – de forma amigável – com o governo federal para captar recursos para o Amazonas, e também tem atuado em defesa do principal modelo econômico do Amazonas: a Zona Franca de Manaus (ZFM), em meio às propostas da Reforma da Previdência.

Pablo Oliva

Sem mandato, o Delegado Pablo Oliva é um nome que não pode ficar de fora dessa lista. Apesar de não despontar como favorito ao posto de presidente da sigla, era ele quem comandava um dos partidos que, após fusão, resultou na criação do UB.

Pablo era deputado federal e presidente regional do PSL, e perdeu a queda de braços com Pauderney, que era presidente do Democratas – partido que fez fusão com o PSL para o surgimento do UB.

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