
Pfizer (Foto: Antonio Pereira/Semcom)
Manaus (AM) – Após o governo federal anunciar a obrigatoriedade da Pfizer no calendário de vacinação infantil, nos primeiros meses de vida da criança, alguns políticos do Amazonas opinaram sobre a decisão. Eles chegaram a pedir a derrubada da decisão ao alegarem que o imunizante trará malefícios aos pequenos.
Por meio das redes sociais, o vereador Raiff Matos (PL) publicou um banner com os dizeres: “Em nossos filhos, não!”. Ainda na mesma imagem, Raiff diz para a população pressionar os deputados estaduais/federais para derrubarem a decisão.
O vereador foi apoiado por seus eleitores – os quais chegaram a afirmar nos comentários da publicação que a vacina deixou sequelas neles e, por esta razão, não queria o mesmo para os seus filhos. Algumas mães chegaram a dizer que não levarão as suas crianças para serem vacinadas enquanto outros internautas apenas afirmaram ser contra a obrigatoriedade da Pfizer.
Procurado pelo Portal AM1, para justificar a sua opinião sobre a derrubada da decisão do governo federal, que inclui o imunizante no calendário vacinal infantil, o parlamentar não se manifestou até o fechamento desta matéria. O espaço está aberto para posicionamentos futuros.
Outra parlamentar que também levantou a discussão nas redes sociais foi Débora Menezes (PL). Crítica do governo Lula, a deputada criou uma “caixinha de perguntas” em seus stories, no Instagram, e perguntou a seus seguidores se eles eram a favor ou contra a vacinação do imunizante.
Até as 14 horas desta quinta-feira (2), 70% responderam que a vacinação é uma “absurdo” e que a decisão “compete aos pais”. Outros 20% responderam que não concordavam com a obrigatoriedade por sentirem receio dos efeitos colaterais nas crianças; apenas 7% concordaram com a inclusão no calendário anual de vacinação.
A deputada também foi questionada pela reportagem se é a favor ou contra a decisão da inclusão da Pfizer como imunizante na saúde infantil. Ela também não se manifestou.
O que explica a renúncia pela vacina?
Vale lembrar que, durante a pandemia da Covid-19, após o ex-presidente do Brasil, Jair Messias Bolsonaro (PL), afirmar que não tomaria a vacina contra a doença, uma multidão de brasileiros, especificamente, seus eleitores, também concordaram em não tomar o imunizante – o que levou a sérios problemas de saúde.
Bolsonaro era, na época, defensor da cloroquina para curar a Covid-19, remédio que não teve resultados comprovados cientificamente. A partir desta decisão, muitos brasileiros recusaram serem tratados com as doses dos imunizantes Pfizer, Coronavac, imunizante brasileiro, AstraZeneca, entre outros.
Passado o ápice da Covid-19, o mundo voltou a “normalidade”, mas para quem pensa que a doença acabou, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que não.
Segundo o órgão, o que aconteceu foi a mudança de status da pandemia no contexto global. No dia 5 de maio de 2023, a OMS declarou o fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) referente à Covid-19.
Foi verificada uma tendência de queda nas mortes causadas pelo coronavirus, o declínio nas hospitalizações e internações em unidades de terapia intensiva e os altos níveis de imunidade da população global relacionados à doença.
Mas o fim da ESPII NÃO significa que a Covid-19 tenha deixado de ser uma ameaça à saúde.
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