Manaus (AM) – A Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) aprovou, na manhã desta terça-feira (20), o reajuste salarial de 8% para os profissionais da educação. O Projeto de Lei, enviado pelo governador Wilson Lima (UB), em 7 de junho, também inclui a possibilidade de concessão de Regime Complementar para secretários escolares e coordenadores distritais e regionais.
A votação na Casa contou com apenas dois votos contrários, dos deputados Wilker Barreto (Cidadania) e Mayra Dias (Avante).
Barreto chegou a apresentar uma emenda ao projeto, propondo o retorno do reajuste para o patamar de 15,19%, que havia sido acordado inicialmente entre o governo e os professores.
No entanto, a emenda foi rejeitada pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) por falta de estudo de impacto orçamentário.
Os profissionais da educação estavam presentes na galeria e se manifestaram com protestos contra a aprovação do projeto. Os representantes esperavam que a contraproposta de 15,19% de reajuste salarial, acordada em uma mesa de negociação com parlamentares em 31 de maio, fosse respeitada e mantida. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) havia concordado com esse percentual.
“Percebemos que nunca houve disposição para o diálogo. O governo queria ficar mais um ano sem reajustar nossos salários. Desrespeitou a mesa de negociação que chegou a 15,19% e nós queremos saber o que aconteceu entre a noite do dia 31 de maio e a manhã do dia 1° de junho para haver essa mudança”, falou a presidente do Sinteam, Ana Cristina Rodrigues.
A classe deve se reunir nos dias seguintes em assembleia para decidir os próximos passos.
A greve
Os trabalhadores iniciaram a greve no dia 17 de maio e encerraram o movimento no dia 31, porém ficaram em “Estado de Greve”, o que significa que poderiam voltar à paralisação em qualquer momento.
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