Manaus, 27 de abril de 2024
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Manaus, 27 de abril de 2024

Cidades

Reforma do Centro de Biotecnologia da Amazônia pode custar R$ 30 milhões

Laudo aponta que a estrutura do prédio está comprometida e há equipamentos que devem ser descartados por apresentarem avarias. Saúde dos pesquisadores pode estar em risco.

Reforma do Centro de Biotecnologia da Amazônia pode custar R$ 30 milhões

CBA (Foto: Divulgação/Suframa)

Manaus (AM) – O Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), localizado no Distrito Industrial, na zona Sul de Manaus, necessita de intervenções urgentes – segundo fontes internas da instituição – que enviaram arquivos ao Portal AM1, nesta semana, apresentando a situação do local.

Conforme as informações, os problemas estão por toda parte e podem ser visivelmente identificados nas áreas interna e externa. A reforma poderá custar quase R$ 30 milhões.

As imagens enviadas à reportagem mostram a situação na qual o local se encontra. As infiltrações e trincas nas lajes estariam comprometendo a segurança dos equipamentos dos 26 laboratórios de pesquisa, assim como a saúde dos pesquisadores, devido à umidade excessiva, disseram os denunciantes.

Além disso, há relatos sobre equipamentos que precisaram ser descartados, porque ficaram avariados, devido à situação do prédio.

Ainda segundo as fontes, forros e luminárias estão deteriorados, centrais de ares-condicionados não funcionam e o assoreamento do talude de algumas áreas externas compromete a estrutura. De acordo com os denunciantes, o muro de contenção que faz divisa com a sede da Pestalozzi encontra-se em estado de colapso.

O complexo não dispõe de sistema contra descargas atmosféricas, os hidrantes estão danificados, comprometendo o sistema de combate a incêndio do local.

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Os denunciantes afirmam, ainda, que nos últimos quatro anos, o CBA ficou completamente abandonado.

“Nada foi feito para manter a infraestrutura do prédio. É lamentável que uma gestão fique quase 1.500 dias sob o comando de uma instituição e não tenha tido a preocupação com a segurança dos próprios funcionários que produzem ciência no espaço”, relatou um dos denunciantes anônimos.

Corpo de Bombeiros e IPAAM já haviam alertado

As fontes também afirmam que os problemas no Centro não são novidade, uma vez que as falhas na infraestrutura física do CBA já eram de conhecimento da antiga gestão do complexo.

Uma vistoria técnica realizada pelo Corpo de Bombeiros, em 27 de julho de 2015, apontou a necessidade da realização de 14 intervenções no sistema de combate a incêndio do CBA, mas o alerta da corporação teria sido ignorado pela antiga gestão do Centro.

Em 26 de maio de 2023, o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) também teria feito uma vistoria na instituição e determinado a realização de várias adequações na Estação de Tratamento de Esgoto, medida que também teria sido ignorada pela gestão anterior do CBA.

Mdic e Suframa estão cientes

Os representantes da Fundação Universitas de Estudos Amazônicos (FUEA) encaminharam a avaliação de desempenho estrutural do Centro para o conhecimento do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic) e também para a atual gestão da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).

 

As fontes informaram que o atual superintendente da autarquia, Bosco Saraiva, tem auxiliado a gestão do CBA na solução dos problemas, intermediando o diálogo com diversas instituições, a fim de assegurar uma maior celeridade na tramitação das tratativas referentes à regularização do imóvel.

O Portal AM1 entrou em contato com o CBA para que o órgão se posicionasse em relação às denúncias, mas até o fechamento desta matéria, não houve retorno; espaço segue aberto.

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