Foto: Reprodução
MANAUS, AM – Representantes da causa LGBTQIA+, lamentaram o assassinato do ativista Rosinaldo Rodrigues, no último dia 4 deste fevereiro, no bairro São Raimundo, Zona Oeste de Capital.
A morte de Rosinaldo causou comoção em representantes do movimento por toda cidade O corpo de Rodrigues, foi encontrado com sinais de agressão, e a morte por traumatismo crânio-encefálico.
Antes do corpo de Rosinaldo ser reconhecido pela família, no dia 11 de fevereiro, o ativista era considerado desaparecido. O caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).
Rosinaldo Rodrigues atuava na luta pela conquista dos direitos humanos dos profissionais do sexo masculinos e femininos, garotos e garotas de programa e contra quaisquer formas de discriminação contra profissionais do sexo, sejam elas jurídicas, sociais, políticas, culturais, econômicas. “Lutamos também contra a Homofobia e contra o preconceito contra às pessoas que vivem com HIV/AIDS”, descrevia ele.
Luto
O assassinato brutal do ativista chocou a comunidade LGBTQIA+ e movimentos ligados a defesa dos direitos humanos do Amazonas. “O Rosinaldo era um grande ativista em defesa dos direitos humanos da população LGBTQIA+. Isso sempre incomodou e incomoda nos dias de hoje, nessa forma em que nossa sociedade está vivendo, uma forma de institucionalizar o ódio contra a população”, desabafou Francy Junior, da Rede Nacional de Mulheres Negras e amigo de Rosinaldo.
Segundo Lidyane Cavalcante, coordenadora de Estudos de Gênero da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Rosinaldo atuou entre os pioneiros da luta por reconhecimento no Estado.
“Perdemos não somente um representante de movimento, perdemos alguém que fez história. Ele lutou pelo reconhecimento e visibilidade das políticas públicas para o movimento no Estado do Amazonas” disse Cavalcante.
Jeferson Willian, militante do movimento LGBTQIA+, destacou características como facilidade de dialogo e empatia que tinha o ativista.
“Ele não era um militante da eloquência, da fala, mas era um militante de ação e estava sempre lá construindo as nossas reivindicações. Nós do movimento, quando recebemos a notícia do assassinato dele ficamos muito tristes, pois foi de uma forma tão brutal que nós estamos reivindicando justiça por ele. A polícia precisa fazer a investigação para que essa morte não fique impune”, frisou.
Outros representantes e amigos também prestaram solidariedade a família do ativista.
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