(Foto: Herick Pereira/Aleam)
Manaus (AM) – Nesta quarta-feira (27), o deputado estadual Roberto Cidade (União Progressista), presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALEAM), voltou a adiar o lançamento do tão aguardado edital do concurso público da Casa Legislativa. Esta é a segunda vez que a publicação é postergada, gerando críticas entre concurseiros e servidores que aguardam a definição do certame.
O parlamentar havia anunciado inicialmente que o edital seria lançado em julho de 2025. Depois, em nova declaração, garantiu que a publicação ocorreria até o final de agosto.
Agora, em 27 de agosto, Cidade apresentou uma nova promessa, informando que o edital será divulgado apenas em 3 de setembro, transferindo mais uma vez a responsabilidade.
O concurso é considerado um dos mais esperados do Amazonas e deve ofertar 100 vagas imediatas (60 para nível superior e 40 para nível médio), além de 200 vagas em cadastro reserva.
Embora a ALEAM ainda não tenha confirmado oficialmente todos os cargos, há expectativa para funções como analista legislativo, assistente legislativo, procurador, técnico em administração e áreas ligadas à contabilidade, auditoria, orçamento e direito.
Os salários iniciais variam entre R$ 2.127,51 e R$ 28.785,66, segundo dados do Portal da Transparência da Aleam.
A banca organizadora escolhida é a Fundação Getulio Vargas (FGV), responsável pela realização de concursos de grande porte no país.
Segundo informações preliminares, as provas devem ocorrer 60 dias após a divulgação do edital, o que indica aplicação entre o início de novembro e meados de dezembro de 2025.
A expectativa é que o resultado final seja divulgado em novembro, com homologação e nomeações em dezembro de 2025.
Ano eleitoral
O novo anúncio ocorre em um momento politicamente estratégico.
O ano de 2026 será eleitoral e Roberto Cidade é cotado para disputar uma vaga de deputado federal.
O lançamento de um concurso público às vésperas de uma campanha levanta questionamentos sobre o uso político da máquina pública e da visibilidade que um certame desse porte pode gerar.
Além disso, o último concurso da Assembleia foi realizado em 2011, ou seja, há mais de uma década.
Desde então, a Casa acumulou nomeações políticas e indicações sem concurso.
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