Sassá e Cordovil empobrecem e não declaram bens para disputar eleição

Manaus (AM) – Com as eleições municipais à porta, os vereadores, assim como os postulantes ao cargo devem declarar seus bens no ato do registro de candidatura com a finalidade de garantir a transparência e a integridade da disputa eleitoral. A declaração de bens permite que os eleitores conheçam o patrimônio do candidato antes da eleição. Isso ajuda a evitar suspeitas de enriquecimento ilícito durante o mandato.

Com isso, o Portal AM1 realizou levantamento sobre os bens declarados pelos atuais representantes políticos da população manauara na Câmara Municipal de Manaus (CMM) e descobriu que alguns dos parlamentares simplesmente não quiseram declarar seus patrimônios ou empobreceram nos últimos quatro anos, como os vereadores Sassá da Construção Civil (PT) e Rosivaldo Cordovil (PSDB).

 

De meio milhão a zero

Há quatro anos, nas últimas eleições, os vereadores haviam declarado, inclusive, bens superiores a meio milhão de reais, como no caso de Cordovil, que em 2020 possuía R$ 514,8 mil em patrimônio, e em 2022, quando concorreu para deputado estadual, declarou R$ 748,6 mil. Parece que o mandato na CMM lhe custou alguns milhares de reais, já que não declarou nada desta vez.

Vale lembrar que hoje, os vereadores de Manaus recebem salário de R$ 18.991,69, além da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (Ceap), que se popularizou como ‘Cotão’, no valor de R$ 33 mil. Ao que parece, o recurso que vem diretamente dos cofres públicos não está dando manter a vida financeira dos parlamentares.

Empobreceu rápido

Sassá, por outro lado, declarou patrimônio de R$ 22,7 mil em 2020, valor, segundo ele, de um automóvel MMC/PAJERO TR4. Em 2022, quando concorreu para deputado federal, optou por não declarar bens, assim como nestas eleições municipais.

No início da sua carreira como político, de acordo com o sistema de Divulgação de Candidaturas e Contas eleitorais (DivulgaCand), Sassá também não declarou bens nos anos de 2008  e 2012, quando ficou apenas como suplente de vereador pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) e Partido dos Trabalhadores, respectivamente.

Em 2016, quando ganhou sua primeira eleição para a vereança na Câmara Municipal de Manaus (CMM), Sassá declarou R$ 22,7 mil do carro que ainda possui hoje.  Em 2018, quando concorreu ao cargo de deputado federal, o político declarou R$ 8,5 mil, valor do mesmo veículo, mas acrescentou que o automóvel era financiado.

 

Procurados pelo Portal AM1 e questionados sobre o motivo de não terem declarado bens neste ano, os vereadores não se manifestaram até a publicação da matéria. O espaço continua aberto para esclarecimentos.

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