Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil
SÃO PAULO, SP – A grande manifestação a favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partid0) é alvo de nova denúncia. Além de ter realizado aglomeração, não seguir as recomendações de saúde, como o uso de máscara, e ter atacado mais uma vez o isolamento social, a segurança de Bolsonaro teria custado R$ 485 mil por apenas seis horas. O ato ocorreu no último domingo (23), no Rio de Janeiro, e ainda contou com uma passeata de motos.
O valor é equivalente ao de um batalhão da Polícia Militar de grande porte do Rio de Janeiro. Os dados foram levantados pela CNN, que divulgou que, somente o custo de salários dos agentes que fizeram a segurança do presidente, é de mais de R$ 400 mil.
Leia mais: Passeio de moto de Bolsonaro é visto como ‘obsceno’ na mídia internacional
De acordo com a PM, foram 20 batalhões que fizeram a segurança de Bolsonaro do Parque Olímpico, na Barra da Tijuca até o Aterro do Flamengo, na Zona Sul. Foram quase 34 quilômetros percorridos pelas ruas do Rio de Janeiro. Entre o passeio nas ruas, diversos apoiadores de Bolsonaro estavam sem máscara e aglomerados.
O doutor em economia e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Daniel Cerqueira, disse em entrevista à CNN que estima que o custo da segurança de Bolsonaro teria custado R$ 485 mil aos cofres do Rio de Janeiro. Esse valor foi calculado apenas com os salários dos policiais, sendo que os agentes trabalharam apenas seis horas, metade do que seria as horas diárias de um plantão.
Ele destacou que uma segurança com mil policiais é considerada um ‘verdadeiro absurdo’. ” Podem argumentar que isso também é feito para inaugurações, mas, nesse caso, pelo menos a inauguração é a justificativa para o uso do recurso público”, disse o economista.
Leia mais: Mourão critica Pazuello por ir ao ato pró-Bolsonaro: ‘ele sabe que errou’
Além dos policiais, a manifestação envolveu guardas municipais e agentes do Centro de Operações do Rio. A Polícia Rodoviária Federal também usou 60 agentes para desviar o trânsito. Bolsonaro também foi escoltado pelo Exército enquanto discursava para os apoiadores.
Embora o economista tenha estimado um valor, ainda sim não teria sido o custo da segurança do presidente. A PM também não informou o valor efetivo, além da quantidades de viaturas e helicópteros usados na manifestação.
(*) Com informações da CNN
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, siga no Instagram e também no X.
