Manaus (AM) – O deputado estadual Rozenha (PMB) demonstrou preocupação, nesta quarta-feira (7), com a indefinição dos rumos da BR-319. Para Rozenha, “parece que existem forças que teimam em atrapalhar e não permitir a viabilização da BR-319”.
Durante pronunciamento na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), o deputado questionou o real interesse da ONG Laboratório Observatório do Clima ao entrar com liminar solicitando a suspensão dos efeitos da Licença Prévia 672/2022 que autoriza a reconstrução e o asfaltamento do “trecho do meio” da rodovia.
O deputado disse não compreender a razão para o pedido da suspensão da licença, já que a ONG foi convidada para participar das discussões do grupo de trabalho do Ministério dos Transportes responsável por atestar a viabilidade técnica, ecológica e econômica da rodovia.
“Esse grupo de trabalho foi instituído para exaurir todas essas dúvidas. Tudo que foi pedido pelo ICMBio, pela ministra Marina Silva, foi atendido no relatório, mostrando que a BR-319 possui viabilidade técnica e ambiental. O Dnit e o Ministério dos Transportes aceitaram todas as exigências. Mesmo assim, essa ONG consegue uma liminar capaz de fazer a reconstrução da BR-319 voltar à estaca zero”, disse.
A liminar, proferida pela 7ª Vara Ambiental e Agrária da Justiça Federal no Amazonas, poderá trazer sérias consequências sociais para o estado. A preocupação é com os efeitos da estiagem severa que já colocou 20 municípios do Amazonas em situação de emergência. Segundo o deputado, “mais do que nunca, a BR-319 demonstra ser a única solução para o caboclo. O Amazonas caminha a passos relativamente largos para uma tragédia logística e, acima de tudo, ecológica e humana, com o advento da fome social”.
Rozenha acredita que há insensibilidade por parte da Justiça Federal ao conceder uma liminar capaz de submeter a população do Amazonas ao isolamento logístico. Segundo especialistas, as condições climáticas na Amazônia prometem uma seca extrema. Os efeitos já podem ser notados em diversos municípios. “Mais um ano sem a BR-319 e teremos uma situação que vai beirar o flagelo. Por isso, temos o dever de lutar para atenuar o sofrimento do povo do Amazonas”, adverte o deputado.
(*) Com informações da assessoria
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