Manaus, 3 de maio de 2024
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Cenário

Shopping Phelippe Daou tem fracasso de público na zona leste

Shopping Phelippe Daou tem fracasso de público na zona leste

Em fevereiro de 2018, apenas 23% das lojas estão em pleno funcionamento - Foto: Divulgação

A desistência de lojistas e a falta de público no Shopping Phelippe Daou revelam que a grande aposta da Prefeitura de Manaus para realocar camelôs tem se mostrado um símbolo de fracasso e desperdício de dinheiro público. O centro de compras, nas proximidades do Terminal 4, no bairro Jorge Teixeira, zona leste de Manaus, tem oito em cada dez lojas desocupadas.

Em fevereiro de 2018, apenas 23% das lojas estão em pleno funcionamento – Foto: Divulgação

Inaugurado em 30 de junho de 2016, o empreendimento custou ao cofre público municipal R$ 30 milhões e só entrou efetivamente em funcionamento um ano e seis meses depois da inauguração, em dezembro de 2017.

Em fevereiro de 2018, apenas 23% das lojas estão em pleno funcionamento, de acordo com informações da Subsecretaria Municipal do Centro Histórico (Subsemch), que não informou a quantidade de frequentadores do local.

 

Baixa adesão
Dos 513 empreendedores que assinaram o Termo de Permissão de Uso (TPU), documento que garante a posse de uma loja/lanche, para funcionamento, no Shopping Phelippe Daou, apenas 120 mantêm comércio em funcionamento, desde a inauguração do centro de compras.

Segundo lojistas que não quiseram se identificar, a grande dificuldade é a falta de consumidores que frequentam o shopping. Alguns afirmam que passam dias sem conseguir comercializar produtos, a exemplo de outros shopping populares criados pela prefeitura.

Em nota, a Subsemch, responsável pelo centro comercial, disse que não existe um “comunicado/explicação” por parte dos empreendedores que ainda não abriram suas lojas/lanches, sobre o motivo pelo qual não realizaram esse procedimento, obedecendo o prazo previsto no TPU, que era de 60 dias após abertura do shopping.

Com mais de 15.000m² de área construída e considerado o maior Shopping Popular do Brasil, o Shopping Phelippe Daou tem estacionamento para mais de 300 carros, praça de alimentação com 400 lugares, PAC Municipal, SINE, postos de atendimento dos projetos SEMEF Atende, Leite do Meu Filho e CadÚnico.

Convocação
Devido ao alto número de lojistas que assinaram Termo de Permissão de Uso e que não abriram suas lojas ou lanches, no shopping, a Prefeitura de Manaus, por meio da Subsecretaria Municipal do Centro Histórico (Subsemch) fez uma convocação, como última tentativa de abrir as lojas fechadas desde a inauguração, no último sábado (10).
A Subsemch informou, nesta segunda-feira (12), que o número de lojistas que procuraram a pasta para assegurar permanência no shopping só será contabilizado após o Carnaval.

Os lojistas que não atenderem às regras acordadas no TPU, poderão, de acordo com o parágrafo 1o, cláusula 5a, perder o direito ao uso do bem e, a partir daí, serem excluídos de nova inclusão em qualquer Centro de Comércio Popular implementado pelo município.

Nota na íntegra:

. Ao todo, 513 empreendedores já assinaram o Termo de Permissão de Uso (TPU), documento que garante a posse de uma loja/lanche, para funcionamento, no Shopping Phelippe Daou. Desse total, desde a inauguração do centro de compras, 10.12.17, temos um número flutuante de lojas funcionando, entre 120 e 150, diariamente;

. Não existe um comunicado/explicação, por parte dos empreendedores que ainda não abriram suas lojas/lanches, sobre o motivo pelo qual ainda não realizaram esse procedimento, obedecendo o prazo previsto no TPU;

. A Subsemch ressalta que, de acordo com o TPU, parágrafo 2o, a contar da inauguração, os lojistas do empreendimento teriam 60 (sessenta) dias para se instalar e colocar o espaço em funcionamento. Esse prazo venceu no sábado, 10.02.18;

. Os lojistas que não atenderem às regras acordadas no TPU, poderão, de acordo com o parágrafo 1o, cláusula 5a, perder o direito ao uso do bem e, a partir daí, serem excluídos de nova inclusão em qualquer Centro de Comércio Popular implementado pelo município;

. A próxima etapa será a realização de um levantamento para atestar o funcionamento das lojas/lanches entregues e, a partir daí, o município irá fazer valer legalmente o que está acordado no TPU. As unidades que por ventura, durante levantamento, forem comprovadamente identificadas como não ocupadas, poderão ser repassadas a outros camelôs previamente cadastrados no projeto “Viva Centro Galerias Populares”.

A Subsemch ressalta que o empreendedor já tem em mãos, cópia do TPU, documento que lhe dá direito à posse do bem, bastando, tão somente, que ele coloque a unidade em funcionamento.

O projeto “Viva Centro Galerias Populares já retirou das ruas, desde 2014, cerca de 1.500 ex-camelôs. Destes, 295 estão instalados na Galeria Espírito Santo; 197 na Galeria dos Remédios; 05 na Praça XV de Novembro (Matriz) e 10 no Parque da Juventude – Bola do São José I, zona leste.  54 artesãos ainda aguardam seu espaço definitivo e 70 ex-camelôs, optaram por entregar suas bancas e financiar R$20.000, através do Fumipeq, para abrir um negócio próprio, longe dos logradouros públicos, nos bairros onde moram. Este ano, serão inauguradas a 2a e 3a etapas da Galeria dos Remédios, no centro, que juntas, vão receber mais 310 novos empreendedores.

Com mais de 15.000m² de área construída e considerado o maior Shopping Popular do Brasil, o Shopping Phelippe Daou oferece estacionamento para mais de 300 carros, praça de alimentação com 400 lugares, PAC Municipal, SINE, postos de atendimento dos projetos SEMEF Atende, Leite do Meu Filho e CadÚnico.  O objetivo é fazer com que 2.000 pessoas circulem, diariamente, nas dependências do centro de compras.