A decisão do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Martins, de conceder habeas corpus que impede a Justiça comum de autorizar operações contra o ex-prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB) e sua esposa, Elisabeth Valeiko, foi criticada pelo deputado federal Sidney Leite (PSD).
Em publicações nas redes sociais, Sidney Leite questiona o motivo de Arthur e sua esposa terem solicitado tal “privilégio”. Ele questiona o que o ex-prefeito estaria querendo esconder com essa atitude. O deputado federal pede que todas as suspeitas sejam apuradas e que seja permitido que as polícias façam seu trabalho.
“Não é acertada a decisão do STJ que impede que o ex-prefeito Arthur Neto e a ex-primeira-dama sejam alvo de qualquer tipo de operação policial. São muitas as denúncias que precisam ser apuradas. Escândalos que a população manauara irá sentir por muitos anos após sua gestão. É necessário apurar as suspeitas e deixar que as polícias façam seu trabalho”, disse Sidney Leite.
O habeas corpus foi solicitado pela defesa da ex-primeira-dama de Manaus, Elisabeth Valeiko, que é alvo de investigação do Ministério Público do Amazonas (MP-AM), no âmbito da Operação Boca Raton, que apura suspeitas de enriquecimento ilícito dela, e de sua família, após passar a ser diretora-presidente do Fundo Manaus Solidária.
Valeiko quis impedir que o MP solicitasse, ao juiz de primeiro grau, a realização de buscas e apreensões na residência do casal. Com o habeas corpus, apenas um magistrado do 2º grau poderá autorizar ações policiais contra o casal, mesmo com o ex-prefeito tendo perdido o foro privilegiado.
O Ministério Público também repudiou a decisão do presidente do STJ e considerou uma “blindagem” ao ex-prefeito e a ex-primeira-dama.
Leia mais: Boca Raton: MPE critica ‘blindagem’ concedida pelo STJ a Arthur e Elisabeth Valeiko
Leia mais: Presidente do STJ concede ‘foro privilegiado’ que impede ações policiais contra Arthur e Elisabeth Valeiko
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, siga no Instagram e também no X.