Fato aconteceu na escola da Polícia Militar, na Cachoeirinha (Foto: Divulgação)
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam) vai denunciar ao Ministério Publico do Estado (MPE) a agressão e ameaça de morte do professor Anderson Pimenta Rodrigues, sofrido na manhã de hoje, 27, pelo Tenente-Coronel Augusto Cesar Paula de Andrade. O órgão vai acionar também a Corregedoria da Polícia Militar e o Conselho Estadual de Educação.
O caso aconteceu no Colégio Militar da Polícia Militar I, no bairro da Cachoeirinha, Zona Sul de Manaus e, de acordo com as declarações no boletim de ocorrência prestado pela vítima, o professor de Língua Portuguesa, Anderson Pimenta, estava na sala dos professores quando o tenente-coronel Cesar Andrade entrou na sala mostrando um livro com três ocorrências, envolvendo o nome da vítima, pedindo para que assinasse. O professor se recusou a assinar, pois não concordava com o que ali estava escrito.
O educador foi convidado pelo tenente a se dirigir até a Secretária de Educação (Seduc), pois iria ser transferido. Segundo o B.O., o agressor queria que a vitima entrasse em seu veiculo, mas o professor se recusou.
Em seguida, o professor Anderson Pimenta declarou que foi agredido com um tapa no rosto pelo tenente Cesar Andrade, que foi contido por dois policiais da escola conforme o relato.
Após agressão, a vítima conta que foi levada para uma guarita onde estava presente o tenente Andrade e mais dois policiais e, que, na ocasião, Andrade sacou a arma e começou a apontar para o rosto do professor, ameaçando-o em dar-lhe um tiro.
Após o ocorrido, o Sinteam emitiu uma nota de repúdio:
“Mais um caso lamentável. Todos os dias sofremos assédio moral dentro das escolas. São muitas denúncias. Hoje ultrapassou o assédio. Foi agressão e ameaça. Que fique claro que jamais trocaremos livros por armas”
De acordo com a nota, esse não é o primeiro caso de assédios que professores sofrem.
“Mais um professor agredido dentro do seu ambiente de trabalho. Mais um porque as denúncias de assédio moral acontecem diariamente. Nas escolas administradas pela Polícia Militar elas acontecem de forma mais incisiva. Muitos colegas se calam porque o assédio moral é difícil de provar. Mas o caso de hoje tem, além de testemunhas, provas físicas.” descreveu o Sinteam em nota.
A Secretaria de Educação do Estado (Seduc) e o Comando da Polícia Militar (PMAM) também se manifestaram cientes do caso e divulgaram uma nota, informando estarem apurando o fato para tomarem as devidas providencias.
“A Secretaria de Estado de Educação (Seduc-AM) e o Comando da Polícia Militar(PMAM), informam que foram notificados pela Coordenadoria Distrital de Educação 2, do fato ocorrido entre dois servidores do CMPM 1, do bairro Petrópolis, na área externa da instituição durante a manhã de hoje (27/08).
A Seduc-AM e o Comando estão apurando o ocorrido para tomar as devidas providências, respeitando o direito ao contraditório e ampla defesa de ambos os servidores, e ressaltam que, até o momento, não houve notificação de qualquer ato que afetasse a integridade física de ambos, mas seguem apurando. Informam, ainda, que os mesmos serão ouvidos pelo Departamento competente de suas instituições para apuração do caso. A Seduc-AM e a PMAM reforçam que repudiam de forma veemente qualquer tipo de conduta violenta ou desrespeitosa por parte de qualquer membro do corpo escolar”.
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