Manaus, 14 de maio de 2025
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Manaus, 14 de maio de 2025

Política

Suspensão de processo de Ramagem divide bancada do AM na Câmara

Amom Mandel e Sidney Leite se opõem à suspensão, enquanto três deputados apoiam a proposta.

Suspensão de processo de Ramagem divide bancada do AM na Câmara

Bancada do Amazonas na Câmara dos Deputados - Foto: (Kayo Magalhães /Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

Brasília (DF) – A bancada do Amazonas se dividiu, nesta quarta-feira (7), na votação que suspendeu o processo contra o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), no Supremo Tribunal Federal (STF), por suposto envolvimento nos atos do 8 de janeiro.

A proposta foi aprovada no Plenário da Câmara dos Deputados, com 315 votos favoráveis e 143 contrários.

Três deputados do AM votaram pela suspensão: Capitão Alberto Neto (PL), Adail Filho (Cidadania) e Pauderney Avelino (União Brasil). Já Sidney Leite (PSD) e Amom Mandel (Cidadania) se posicionaram contra o texto.

Os deputados Silas Câmara (Republicanos), Átila Lins (PSD) e Fausto Júnior (União Brasil) não participaram da votação.

Na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJC), onde o texto foi inicialmente debatido, os parlamentares Sidney Leite e Alberto Neto não encontraram um consenso sobre a situação.

Leite votou contra a proposta e o parlamentar do PL defendeu a aprovação do requerimento que beneficia Ramagem.

“O que nós estamos defendendo aqui é a Constituição Brasileira, é o instituto da imunidade parlamentar, chega do Congresso arriar as calças para o STF,” disse Alberto Neto durante a sessão.

A aprovação do requerimento ocorreu mesmo com o ofício do STF, enviado em abril deste ano, que indicava a possibilidade de suspensão parcial do processo, ou seja, os crimes cometidos antes da diplomação do parlamentar continuam sendo investigados.

Ramagem respondia por cinco crimes: associação criminosa, golpe de estado, abolição do estado democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Após a aprovação, os últimos dois serão paralizados.

A aprovação foi vista como uma tentativa de proteger o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que também está sendo investigado no inquérito.

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