Manaus, 23 de abril de 2024
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Brasil

Ter diploma não adianta ‘porque não tem emprego’, diz ministro da Educação

Discurso ocorreu durante evento em São Paulo neste sábado (21); houve protesto de estudantes que foram retirados à força por PM

Ter diploma não adianta ‘porque não tem emprego’, diz ministro da Educação

Foto: reprodução

SÃO PAULO, SP – O ministro da Educação, Milton Ribeiro, voltou a causar polêmica ao questionou a busca por um diploma universitário por alunos de baixa renda que usam financiamento em meio à crise de desemprego. O discurso aconteceu nesse último sábado (21), durante evento em Nova Odessa, em São Paulo.

“Que adianta você ter um diploma na parede, o menino faz inclusive o financiamento do FIES que é um instrumento útil, mas depois ele sai, termina o curso, mas fica endividado e não consegue pagar porque não tem emprego”, declarou Ribeiro, que participou de um encontro com representantes dos governos municipais da região.

Ao defender o ensino profissionalizante, o ministro declarou: “No entanto, o Brasil precisa de mão de obra técnica, profissional. E aí depois o moço ou a moça, elas fazem esse curso, arrumam um emprego, e depois falam: ‘O que eu gostaria mesmo é ser um doutor. Eu fiz um curso técnico em veterinário, já tenho um emprego, mas eu quero ser um médico veterinário'”.

Leia mais: Ministro da Educação reclama que as ‘crianças não sabem ler, mas sabem botar camisinha’

Não é a primeira vez que Ribeiro questiona o ensino universitário amplo. Recentemente, o ministro afirmou que a “universidade deveria, na verdade, ser para poucos”. Ele também defendeu que as verdadeiras “vedetes” (protagonistas) do futuro sejam os institutos federais, capazes de formar técnicos.

Ribeiro causou outras polêmicas recentemente, ao dizer que há crianças com grau de deficiência em que é “impossível a convivência”. Depois o ministro voltou atrás e pediu desculpas.

No evento, um grupo de estudante fez um protesto contra o titular da pasta e por mais acesso à educação, e foi retirado a força pela Polícia Militar do portão do local.

(*) Com informações do G1

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