MANAUS, AM – Três pessoas foram presas nessa quinta-feira (20) por aplicarem golpe de venda de imóveis. Luiz Ramon de Souza, Rose Anne de Oliveira Souza e Franciane Gomes da Silva foram detidos preventivamente pela Polícia Civil no âmbito da Operação “Nosso Lar”, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Além dos quatro mandados de prisão, também foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão.
Luiz e Rose Anne seriam os sócios da Cooperativa Habitacional Nosso Lar, responsável pela venda dos imóveis. Já Franciane seria a funcionária da empresa, e segundo o delegado Marcelo Martins, da Delegacia Especializada em Proteção ao Consumidor (Decon), tinha uma atuação criminosa no esquema.
Entretanto, após o compromisso firmado, os compradores não tinham acesso aos imóveis e não viam avanços nos empreendimentos. Segundo eles, Luiz, Rose Anne e Franciane sumiam, sem dar qualquer retorno. Segundo o promotor Márcio Pereira de Mello, da 8ª Promotoria de Justiça do Ministério Público, a estimativa é que o prejuízo esteja na casa de R$ 5 milhões, com mais de 300 vítimas prejudicadas.
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“Pelos levantamentos preliminares, havia uma estimativa de R$ 500 mil de prejuízo às vítimas. No entanto, o total de pessoas que caiu no golpe ainda é incontável”, apontou.
De acordo com Marcelo Martins, o modo de operar dos sócios da Nosso Lar é quase o mesmo de todos os que aplicam esse tipo de golpe. Segundo ele, quem opera assim, quer dar um ar de legitimidade para a sua atuação, atraindo principalmente a população.
“Eles alugam um imóvel relativamente bonito, colocam um letreiro bonito, um símbolo bonito da empresa, se vestem bem, falam bem, e apresentam um produto que não parece ter nada de errado. Além disso, as pessoas, em vez de quererem buscar a matrícula de um imóvel, que é importante para a compra do terreno, querem fazer esse tipo de negócio sem quaisquer comprovações documentais”, afirmou.
A orientação do promotor Armando Gurgel é que aqueles que foram lesados pela Nosso Lar, e possuírem recursos, podem procurar um advogado, e quem não tiver, deve procurar a Defensoria Pública para entrar com uma ação cível e buscar o ressarcimento. “O MP está buscando os bloqueios patrimoniais para que essas pessoas possam ser ressarcidas, mas é necessário que as vítimas comprovem os pagamentos”, salientou.
Luiz, Rose Anne e Franciane devem ser indiciados pelos crimes de estelionato, crime contra relação de consumo, crime contra a economia popular, publicidade enganosa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O trio segue sob investigação, mas, segundo o MP, existem severos indícios de culpa – ainda não formada.
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