Manaus (AM) – As alianças eleitorais fortalecem o partido e consolidam o nome do pretenso candidato; mas ainda que um político levante a bandeira de esquerda ou direita, não significa que o relacionamento será dos melhores entre os integrantes. Inclusive, o Dr. Israel Tuyuka (PDT-AM) que teve, além de razões pessoais, as interferências da executiva nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) no diretório municipal de Manaus, que contribuíram para a decisão dele em não mais concorrer como pré-candidato a prefeito de Manaus.
O Portal AM1 perguntou ao médico indígena sobre o que ele achou da indicação do ex-deputado Marcelo Ramos para representar o PT e fortalecer à esquerda no município. Tuyuka, sem rodeios, disse, nessa quinta-feira (4), que não gostou da forma como a executiva nacional se intrometeu. Para ele, foi um desrespeito com a secretária de Mulheres do PT-AM, Anne Moura.
“Com essa estratégia e intromissão do PT Nacional no PT-Amazonas, não valorizando a inovação do quadro local, vejo um erro gravíssimo”.
Tuyuka destacou que Anne Moura é amiga dele e considera um desrespeito com ela e com os demais colegas que pleiteavam a pré-candidatura para Prefeitura de Manaus. “Não gostei. Desse jeito, o PT nunca será um partido forte na capital. Desrespeito total com ela (Anne Moura), que representa um sinal de tentativa de inovação do quadro político do PT-AM”, retrucou Tuyuka.
A executiva nacional do Partido dos Trabalhadores pegou a todos de surpresa ao indicar Marcelo Ramos para ser o pré-candidato da sigla.
O problema não é o Marcelo, mas o fato de todos terem conhecimento dos nomes já colocados à disposição serem ignorados, assegurou Tuyuca.
São Gabriel da Cachoeira
“Estava firme para lançar candidatura própria”, disse o médico indígena Israel Tuyuka ao AM1, após declarar que abriu mão de disputar a prefeitura da capital amazonense pelo PDT. “Não estava esperando projeto de outros partidos e candidatos”, informou.
“Antes da minha decisão de não querer mais concorrer a prefeito de Manaus, qualquer outro pré-candidato podia conversar com a direção do PDT; mas o partido não iria se aliar a nenhum outro pré-candidato”, afirmou.
Após o anúncio das futuras conversas, o indígena foi se aconselhar com o povo dele em São Gabriel da Cachoeira, distante 862.56 quilômetros da capital amazonense, o qual lhe sugeriu que voltasse para tentar ser prefeito daquele município, onde suas chances são maiores, e possui amigos e familiares, que se encontram em total abandono.
Quanto ao PSOL, Tuyuka disse que se desfiliou “por questões ideológicas”; mas saiu muito agradecido. “O PSOL me acolheu na eleição para governador. Fez com que um indígena concorresse para cargo majoritário do Estado. Esse é o mérito do partido”, pontuou.
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