Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
França – Na terceira etapa da viagem para a Europa, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou na conferência “Qual lugar para o Brasil no mundo de amanhã”, na renomada escola de ciências políticas de Paris, na terça-feira (16). Durante a fala, Lula comentou a relação entre Brasil e Europa, além de abordar a situação atual do país, que vive uma crise econômica.
Nesta quarta-feira (17), o presidente da França, Emmanuel Macron, recebe o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para tratar de questões ambientais e políticas entre os países. Macron é um declarado rival do presidente Jair Bolsonaro. Nos últimos dois anos e meio, a relação entre Brasil e França viveu momentos de tensão e constrangimento. Antes mesmo de assumir a presidência, Jair Bolsonaro foi alvo de questionamentos por parte de Macron.
Durante o discurso, Lula foi aplaudido diversas vezes pelos estudantes da instituição e demais presentes, e fez um histórico da pobreza no Brasil. “É inevitável comparar o Brasil que tínhamos há dez anos ao isolamento em que o país se encontra hoje. O Brasil chegou a ser a sexta economia do mundo. Graças ao Bolsa Família, tiramos 36 milhões de pessoas da miséria. Em 2012, saímos do Mapa da Fome da ONU”, destacou.
Mais uma vez, em nenhum momento, o ex-presidente citou os escândalos de corrupção no seu governo e o desastre econômico no governo Dilma.
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Lula aproveitou o momento para promover o governo que esteve à frente, e ainda ironizou o fato de o brasileiro ser feliz, mesmo não ganhando uma Copa do Mundo desde o início do seu mandato. “Vivemos uma época de crescimento extraordinário do Brasil; éramos o país mais otimista do mundo. O país com mais esperança, mesmo sem ganhar uma Copa do Mundo desde 2002”, disse.
Ainda no discurso, o ex-presidente criticou o presidente Jair Bolsonaro e afirmou que nunca imaginou o atual cenário brasileiro. Para Lula, o “impeachment de Bolsonaro virá do povo, pelo voto democrático.” “O governo Bolsnaro desmonta políticas públicas bem-sucedidas, persegue cientistas e artistas, colocou o Brasil de costas para o mundo e quem mais sofre com isso é o povo brasileiro. Hoje ninguém investe no Brasil, porque não acredita em mentiras”, disparou.
“O Brasil, que era a menina dos olhos dos investidores se transformou numa coisa feia. Bolsonaro vai ao G20 e ninguém o cumprimenta ou cumprimenta por obrigação”, analisou. Para o ex-presidente, após o governo Bolsonaro, “vai demorar muito mais para reconstruir o Brasil.”
(*) Com informações do Uol
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