Francisco Gomes da Silva e Luis Carlos Velho (Reprodução)
Luis Carlos Velho (PT), um dos principais nomes da oposição ao prefeito Francisco Gomes da Silva, ou Chico Doido (DEM), do município de Iranduba, a 36 quilômetros de Manaus, ocupava o cargo de secretário de Saúde da cidade há um ano e agora retorna ao posto de vereador com a missão de evitar uma ‘possível’ cassação do prefeito. Velho, do Partido Trabalhista, é um dos alvos da Operação Avaritia, deflagrada no início do mês, que investiga suposto pagamento de propina por parte de vereadores da Câmara Municipal da cidade.
Já o prefeito é alvo de uma investigação por parte Comissão Processante da Câmara de Iranduba, a qual acusa o prefeito de recolher e não repassar ao Fundo Previdenciário do município recursos no valor de mais de R$ 4 milhões. Nos bastidores, a aliança do gestor com o vereador Luis Carlos Velho é vista como a principal ‘salvação’ de Chico Doido da cassação.
Iranduba tem um histórico negativo no que diz respeito a políticos. O município enfrenta a era considerada como ‘o maior caso de corrupção em toda a sua história’. No começo do mês, uma operação deflagrada pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM), prenderam os vereadores Kelison Dieb (PMDB) e Jakson Pinheiro (PMN), de Iranduba, acusados de cobrarem propina para a aprovação de Projetos de Lei.
As investigações começaram em dezembro de 2018 pelos Promotores de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público (Gaeco). Conforme o Promotor de Justiça Cláudio Tanajura, coordenador da operação, o MP-AM teve informações de que na Câmara de Vereadores havia uma “verdadeira organização criminosa, vendendo Projetos de Lei e trocando por vantagens a aprovação e os votos”.
A reportagem entrou em contato com a Câmara Municipal de Iranduba, mas até o momento, não obteve resposta.
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