Manaus, 5 de maio de 2024
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Manaus, 5 de maio de 2024

Política

Vereadores de Manaus acusam colegas de miguelagem nas sessões híbridas

Vereadores estariam entrando nas sessões, congelando a imagem e saindo para resolver seus problemas particulares.

Vereadores de Manaus acusam colegas de miguelagem nas sessões híbridas

Foto: Divulgação

Manaus, AM – Após o pronunciamento de alguns vereadores pedindo o fim das sessões híbridas na Câmara Municipal de Manaus (CMM), o presidente da casa, vereador David Reis (Avante) afirmou nesta quinta-feira (15) que vai manter o formato e adiar a volta das sessões plenárias exclusivamente presenciais.

Durante discurso na Tribuna, na quarta-feira (14), a vereadora Glória Carratte (PL) solicitou ao presidente da Casa que encerrasse as sessões híbridas, convocando os 41 parlamentares a trabalharem de forma presencial.

De acordo com Glória Carratte, muitos vereadores que não tem comparecido às sessões de forma presencial registram presença na sessão, mas “congelam” a imagem no painel e vão realizar outras atividades.

“Temos que ter um compromisso com o povo. Nós temos apenas três dias para trabalhar: segunda, terça e quarta. Participamos de sessões que iniciam 9h e duram, no máximo, até 13h. Precisamos respeitar a população da nossa cidade”, reclamou a vereadora.

(Foto: Reprodução)

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Em nota, o presidente da CMM afirmou que enquanto permanecerem em vigor as medidas restritivas de segurança sanitárias de enfrentamento a Covid-19, a Câmara vai continuar com as sessões híbridas.

Foto: Reprodução

David Reis deixou a critério dos parlamentares a opção de participar ou não de forma presencial das sessões plenárias, mas a casa não tem um critério para que os vereadores decidam se ficam em home office ou saiam de suas residência e se dirijam à CMM.

Apoio dos colegas

O vereador Rodrigo Guedes (PSC) fez coro à vereadora Glória Carratte e disse que é “muito cômodo” para alguns parlamentares ficarem em casa.

(Foto: Reprodução)

“O ambiente da Câmara é controlado, as bancadas são distantes, e não é permitido assessor e são apenas 41 vereadores. Queremos que volte ao normal porque o vereador tem que estar no plenário, cumprindo expediente e não só batendo ponto”, afirmou.

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Análise criteriosa

(Foto: Reprodução)

Já a vereadora Professora Jacqueline (Podemos), disse que o pedido de suspensão deve ser analisado de forma criteriosa, porque alguns vereadores pertencem ao grupo de risco.

“Quando não estou presente na Câmara, participo de forma virtual até o fim. Não boto só a minha foto e faço de conta que estou lá. Eu sigo rigorosamente porque eu participo das discussões”, disse. Nenhum dos vereadores citou nominalmente quem são os colegas que fazem de conta que estão trabalhando.

“Temos colegas que tem baixa imunidade, estão no grupo de risco. Por isso, temos que analisar que analisar e acho que a Câmara tem que chamar aqueles que estão fazendo as cosias erradas, repreender e chamar na Comissão de Ética, mas não penalizar a todos, pois nem todos fazem isso.”