Foto: Reprodução
HUMAITÁ, AM – Em mais um retrato da desigualdade no Brasil, moradores de Humaitá, a cerca de 590 quilômetros de distância de Manaus, invadiram o lixão municipal para desenterrar frangos que tinham sido descartados no local. O alimento estava impróprio para o consumo, porém, as famílias foram ao lixão para garantir o alimento.
Foram cinco toneladas de frango apreendidas por fiscais da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (ADAF), nessa segunda-feira (10). De acordo com as autoridades, o alimento estava sendo transportado sem nota fiscal e sem refrigeração, o que significaria risco à saúde.
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Nas imagens, os moradores cavam buracos em busca do alimento. Segundo informações, no momento da invasão, não havia nenhum fiscal da prefeitura para impedir a ação dos moradores.
“A Adaf alerta que qualquer produto de origem animal que esteja fora da temperatura de armazenamento tem alto risco de causar infecção alimentar, com dores e desconfortos abdominais, náuseas, vômitos, diarreia e febre, entre outros sintomas”, reforçou o órgão.
O Portal Amazonas 1 entrou em contato com a Prefeitura de Humaitá para buscar esclarecimentos sobre o ocorrido e quais são os programas sociais desenvolvidos pelo Executivo Municipal para sanar o problema, no entanto, até a publicação desta matéria, a equipe de reportagem não obteve resposta.
Vídeo:
Fome na Venezuela
A mesma cena que aconteceu em Humaitá já é uma realidade presente na Venezuela. Por conta da crise econômica no país, alguns venezuelanos vão às ruas em busca de alimento. Uma pesquisa realizada por várias universidades apontou que a condição de vida na Venezuela atinge mais de nove milhões de habitantes, que comem duas ou menos refeições diárias.
A pesquisa ainda mostrou que quase 82% das pessoas vivem em situação de pobreza, e até 51% estão em pobreza extrema. O levantamento ainda aponta que 93% das famílias não possuem recursos para comprar alimentos para o consumo adequado. O estudo ainda estima que 70% dos venezuelanos tenham perdido uma média de 8,7 quilos em 2016.
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