Manaus (AM) – O Índice de Qualidade do Ar (IQA), que apontou a capital do Amazonas como a terceira cidade com a pior qualidade do ar do planeta, segundo o World Air Quality Index, coincide com a vinda da ministra Marina Silva (Rede), do Ministério do Meio Ambiente a Manaus. Os incêndios que ocorrem tanto na capital como na região metropolitana tem encoberto a cidade com extensas nuvens de fumaça.
A ministra Marina Silva, que integrou a comitiva a Manaus, classificou a situação ambiental como algo “tremendo” e “assustador”. “Estamos fazendo uma ação emergencial em relação aos botos [cor-de-rosa] e tucuxis”, disse.
Marina Silva disse que a visita da comitiva, liderada pelo vice-presidente Alckmin, a pedido do presidente, é um ato de colaboração e solidariedade ao povo do estado do Amazonas; porém, de fato, não apresentou, de maneira efetiva, uma solução para acabar com o entrave que impede a pavimentação da BR-319 – única via terrestre que conecta o Amazonas ao resto do país.
Causa e consequência
Em decorrência dessa poluição, os números de atendimentos emergenciais nas unidades de saúde também crescem por conta das doenças e síndromes respiratórias. Dentre as queixas, as mais comuns são sintomas de doenças e síndromes como por exemplo: asma, conjuntivite, bronquite, irritação dos olhos e garganta, tosse, falta de ar, nariz entupido, vermelhidão e alergia na pele.
Nas redes sociais, manauaras comentam as constantes fumaças e seus efeitos.
Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM) informou que por não se tratar de doença compulsória, (que não possui notificação), não tem como fornecer dados referentes ao número de doenças respiratórias registradas nesse período.
Já a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-RCP) disse que, em relação à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), no Amazonas, foram notificados 156 casos de (SRAG) com início de sintomas no período de 20 de agosto a 04 de setembro contra 63 casos notificados no período de 05 a 20 de setembro, o que significa a redução de 59,62% durante o período analisado.
Ainda segundo a FVS-RCP, todos os casos notificados por SRAG, são pacientes internados em unidades hospitalares e que notificam junto ao Sistema de Informação Vigilância Epidemiológica- (Sivep Gripe), na rede pública ou privada.
Medidas de prevenção individuais e coletivas
O órgão acrescenta, ainda, que as medidas de prevenção individuais e coletivas são as mesmas para todos os tipos de vírus respiratórios, independentemente de suas variantes ou subvariantes, em especial no caso da Covid-19. As principais são:
1. Iniciar ou completar o esquema vacinal contra a Covid-19, que está disponível pelas secretarias municipais de saúde, para pessoas a partir de 6 meses;
2. Lavar as mãos ou higienizar com álcool sempre que necessário;
3. Usar máscara de proteção respiratória, sempre que estiver com sintomas gripais;
4. Procurar a unidade de saúde com sintomas gripais, para que o médico após avaliação recomende o atendimento adequado.
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