O voto da deputada estadual Alessandra Campêlo (MDB) poderá confirmar o processo de abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a dispensa de licitação em mais de 170 contratos, durante oito meses da gestão de Amazonino Mendes (PDT).
Ontem, o secretário-geral da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE), deputado Sabá Reis (PR), apresentou pedido de instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o excesso de dispensas de licitações para valores milionários que foram concedidos pelo Estado, de outubro do ano passado a maio deste ano. Sete assinaturas já foram recolhidas a favor do pedido. De acordo com o regimento interno da Casa, é necessário que 1/3 dos 24 deputados, isto é, oito, para começar a tramitar.
Além do deputado Sabá Reis, assinaram o requerimento para a instauração da comissão o presidente da ALE, David Almeida, Abdala Fraxe (Podemos), Francisco Souza (PSC), José Ricardo Lula (PT), Luiz Castro (Rede) e Serafim Corrêa (PSB).
Durante uma reunião com deputados na manhã desta quinta-feira, 11, Alessandra Campelo prometeu entrar no grupo que assinou a abertura da CPI. A coluna entrou em contato com ela, mas não obteve retorno. Parlamentares oposicionistas ao governo estranharam o posicionamento da deputada uma vez que ela é aliada do senador Eduardo Braga (MDB), político que tem demonstrado grande proximidade com Amazonino.
A CPI tem como finalidade investigar mais de 170 dispensas de licitação, o que representa 50% de todos os contratos efetuados, envolvendo as áreas da Saúde, Transporte e Educação. “O governador Amazonino alegou que o fez em regime de “urgência”, contudo, isso já soma R$ 199 milhões em contratações diretas”, disse o autor da proposta, deputado Sabá Reis.
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