Manaus, 11 de maio de 2024
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Manaus, 11 de maio de 2024

Política

‘Votos já são auditáveis’, defende inventor da urna eletrônica

Carlos Prudêncio ainda destacou que o sistema é o mais confiável que existe no mundo, e nunca registrou fraudes nas eleições no Brasil

‘Votos já são auditáveis’, defende inventor da urna eletrônica

SÃO PAULO, SP – Em meio às dúvidas de confiabilidade do sistema eleitoral, o inventor da urna eletrônica, o desembargador aposentado Carlos Prudêncio, afirmou que os votos computados pela urna já são auditáveis. Ele ainda explicou que a aprovação do voto impresso seria um retrocesso.

“O sistema está aí para mostrar que é o mais confiável que existe no mundo”, afirmou Prudêncio em entrevista à Veja. O desembargador inventou a urna eletrônica enquanto ocupava o cargo de juiz eleitoral. Nas eleições de 1989, o equipamento foi testado na cidade de Brusque, Santa Catarina. Com o sucesso nas eleições, em 1996 a urna eletrônica foi implantada em todo o país. Desde que foi usada, não houve registro de fraudes.

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Ele ainda explicou que cada partido tem o direito de mandar um responsável para estar presente na contagem dos votos. “No momento em que chega à seção daquele fiscal, se o partido tiver dúvida, ele vai pegar o boletim de urna para conferir o arquivo que está saindo do computador. O Bolsonaro tem que saber que [os votos] já são auditáveis”, disse.

Voto impresso em pauta

A Proposta de Emeda da Constituição (PEC) que institui a obrigatoriedade do voto impresso – já nas próximas eleições no Brasil – deverá ser votada nesta quinta-feira (5), na Comissão Especial da Câmara dos Deputados que analisa o texto. De autoria da parlamentar Bia Kicis (PSL – DFA), a PEC 135/2019 vai permitir ao eleitor conferir se o recibo em papel coincide com o seu voto, porém, não é possível levar o comprovante.

A ideia é amplamente defendida pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como forma de dar mais segurança às eleições do país. Mesmo sem provar, Bolsonaro afirma que há indícios de “manipulação” no último pleito e questiona o atual sistema de votação eletrônica.

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Por outro lado, o ministro Luís Barroso, que é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é contra a proposta do voto impresso e defende a manutenção da urna eletrônica. Para ele, o sistema eleitoral atual acabou com fraudes e aponta que os custos para implantar o voto auditável devem chegar a R$ 2,5 bilhões ao longo de 10 anos.

Prestes a ser votada, a PEC continua levantado vários debates e divide opiniões entre os parlamentares. Enquanto alguns deputados alegam que a impressão e conferência dos votos dará mais confiabilidade ao processo eleitoral, outros dizem que a urna eletrônica é um equipamento seguro e que a contagem de votos seria um retrocesso e um atraso na apuração dos resultados.

(*) Com informações do Uol

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