Manaus, 30 de abril de 2024
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Cenário

‘Vou ter que ser convencido’, destacou Aziz sobre CPI acusar Bolsonaro de genocídio

Para o presidente da CPI, é preciso ter cautela para tomar a decisão, e ainda questionou qual seria o genocídio que Bolsonaro teria cometido

‘Vou ter que ser convencido’, destacou Aziz sobre CPI acusar Bolsonaro de genocídio

Foto: Pedro França/Agência Senado

BRASÍLIA, DF – O presidente da CPI da Covid, o senador Omar Aziz, comentou em entrevista sobre o relatório que está sendo elaborado pelo relator da Comissão, Renan Calheiros. O relator já adiantou que o presidente Jair Bolsonaro será indiciado pela CPI, mas para Omar Aziz, a decisão de acusar Bolsonaro de homicídio precisa passar por ele.

“Vou ter que ser convencido de que Bolsonaro cometeu o crime de genocídio. Nós demos o prazo até o dia 15 desse mês, que é hoje, para que o Renan fizesse o relatório, com auxílio de pessoas qualificadas”, afirmou. De acordo com o presidente da Comissão, é preciso ter cautela para tomar a decisão, e ainda questionou qual seria o genocídio que Bolsonaro teria cometido.

“Se for colocar o presidente como genocida, eu queria saber qual foi o genocídio. Todos sabem das minhas divergências com o presidente, mas eu não posso ir além. Eu tenho que ter essa cautela, eu não vejo, só se alguém me convencer desse crime”, disse o senador.

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O presidente da Comissão ainda foi questionado se o general Braga Netto entraria no relatório final. O general é suspeito de participar do suposto gabinete paralelo, que convencia o presidente sobre o tratamento precoce e disseminava mentiras sobre a pandemia.

“Se eu pudesse adiaria o final da CPI para ouvir do Braga Netto quem produziu aquele decreto para mudar a bula da cloroquina. Eu gostaria de fazer apenas uma pergunta para ele: quem teve e quem redigiu o decreto? Não foi o senhor, porque o senhor não entende nada de saúde. Não importa se é general ou coronel, precisa ser investigado do mesmo jeito”, destacou.

Aziz ainda destacou que tem certeza absoluta de que o general integrou o gabinete paralelo. “O nome dele precisa estar no relatório. O gabinete paralelo tinha a participação dele, com certeza absoluta. Se o gabinete paralelo existiu, Braga Netto estava junto. Ele não estava fora disso”, finalizou.

(*) Com informações do Uol

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