O novo procurador-geral do Ministério Público do Amazonas (MP-AM), Alberto Rodrigues do Nascimento Júnior afirmou que pretende dar celeridade nas investigações envolvendo o caso do engenheiro Flávio Rodrigues, morto em setembro do ano passado, em Manaus. A declaração ocorreu durante entrevista exclusiva, nesta quinta-feira (24), ao Portal AM1.
Alberto Júnior informou à reportagem que ainda não tem conhecimento dos autos do processo, mas adiantou que deve se inteirar do andamento das investigações com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), responsável pelo Caso Flávio no âmbito do MP.
No movimento mais recente, o órgão ministerial anunciou que apura suposto ato de improbidade administrativa praticado pelo prefeito Arthur Neto por uso de veículos oficiais e agentes públicos em benefício do seu enteado, Alejandro Valeiko.
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“Assim que eu assumir como procurador-geral vou chamar o coordenador do nosso grupo de combate as organizações criminosas para que me passe a real situação desse caso. Também vou conversar para saber a necessidade de mais estrutura de servidores ou técnica, no caso de perícia, para que possamos dar celeridade possível ao caso, que é de interesse tanto da vítima quanto dos acusados”, declarou.
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O homicídio de Flávio ocorreu no dia 29 de setembro de 2019, após uma festa na casa de Alejandro, filho da primeira-dama Eizabeth Valeiko e esposa do prefeito. O corpo do engenheiro foi encontrado no dia seguinte no bairro Tarumã, na zona Oeste da capital.
Em fevereiro deste ano, o MP ofereceu denúncia à Justiça do Amazonas tornando réus no processo além de Alejandro, Elizeu da Paz Souza e Mayc Vinícius Teixeira – que confessou a autoria do crime. No mesmo processo, Paola Molina Valeiko responderá por fraude processual e José Edvandro Martins de Souza Júnior por denunciação caluniosa.
“O importante é que o Ministério Público dê uma resposta a sociedade o quanto antes e com respeito a todas as garantias constitucionais que nos impõem a Constituição de 88, ou seja, todo réu tem direito a ampla defesa do contraditório e o MP como guardião e fiscal da lei, tem por obrigação selar por todo esse procedimento processual dentro do que determina as leis e a constituição. Temos que ter uma atuação exemplar para que no futuramente não se cause nenhum tipo de nulidade do processo”, finalizou.
Nomeação
No último dia 16, o promotor Alberto Rodrigues Júnior foi nomeado pelo governador Wilson Lima ao cargo de procurador-geral de Justiça para o biênio 2020/22. A data de posse do novo PGJ está prevista para a segunda quinzena do mês de outubro.
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Veja a entrevista na íntegra:
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