MANAUS, AM – Em novo rumo de investigação, a CPI da Covid no Senado Federal investiga as denúncias de um possível teste com pacientes infectados pelo novo coronavírus que receberam tratamento com o “kit covid” na Prevent Senior. O presidente da CPI, o senador Omar Aziz, afirmou que a defesa do tratamento precoce não iniciou dentro do hospital, e ainda destacou que o presidente Jair Bolsonaro foi convencido pelo suposto gabinete paralelo sobre a “eficácia” dos medicamentos.
“A propagação de tratamento precoce tirou vidas. Sabemos que ela não inicia dentro da Prevent Senior. Alguém criou o protocolo, alguém convenceu erroneamente que esse protocolo salvava vidas e propagaram isso”, escreveu o senador nas redes sociais.
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Desde o início da pandemia, Bolsonaro vem defendendo o tratamento precoce contra a covid-19. No entanto, os medicamentos que compõem o “kit covid” não possuem eficácia comprovada contra a doença. Para Aziz, as informações compartilhadas pelos defensores desse tratamento vitimaram e ajudaram a causar as quase 600 mil mortes por covid-19 no Brasil.
A CPI da Covid voltou a debater sobre o tratamento precoce após um dossiê ser entregue à Comissão. O documento elaborado por 15 médicos da Prevent Senior denunciava o esquema da empresa, que adotou o kit covid como o principal tratamento de pacientes, além de fazerem experimentos sem a autorização do paciente ou das famílias.
Além disse, a denúncia revela que a empresa ocultou as mortes por covid-19 dentro do hospital e de pacientes que eram tratados com os medicamentos sem eficácia comprovada. Em recente descoberta da CPI, o dossiê apontou que a declaração de óbito de Regina Modesti Hang, mãe do empresário e apoiador de Bolsonaro, Luciano Hang, foi fraudada para não apontar morte por covid.
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