Manaus, 3 de maio de 2024
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Cenário

‘Acabou pra ele’, antecipa Plínio, caso Amom se torne prefeito e não conclua o mandato

O senador afirmou que se o parlamentar desistir como fez em outro mandato (vereador), sua carreira política estará encerrada no Amazonas.

‘Acabou pra ele’, antecipa Plínio, caso Amom se torne prefeito e não conclua o mandato

Plínio Valério em entrevista ao Portal Am1 (Foto: Celso Maia/Portal Am1)

Manaus (AM) – O senador Plínio Valério (PSDB) disse ao Portal AM1, durante o lançamento da pré-candidatura a prefeito do deputado federal Amom Mandel (Cidadania), nesta sexta-feira (23), que, se o deputado desistir do mandato, caso seja eleito, “o jogo acaba para ele”, pois Amom já tem um histórico de deixar um mandato incompleto.

O senador afirma que aconselhou Mandel a manter seu objetivo e garante que o jovem vai, sim, concluir o mandato, pois, agora, “não tem como recuar” e complementou que a “história não perdoa quem entra no campo de batalha e foge”.

“Vai manter, não tem como recuar. Se o Amom recuar, esquece! Acabou para o resto da história [dele]”, declara Valério ao declarar que vê potencial no jovem parlamentar para comandar o cargo majoritário, já que ele “tem vontade de querer fazer”. “Eu vejo nele o sentimento de querer fazer e hoje ele tem o entendimento de que parte da cidade quer”, afirma o senador.

“Parte da população de Manaus está apaixonada pelo Amom, parte. Eu não sei qual é a proporção, e eu disse ao Amom, que paixão passa e paixão tem que ser correspondida. No casal, com flores, com joias e com viagens, e na política é com candidatura. Então o Amom deve estar sentindo essa necessidade de corresponder o desejo das pessoas que estão apaixonadas por ele”, enfatiza o político ao Portal AM1.

“É a vontade do povo”

O próprio deputado federal afirmou à reportagem que só deixou o seu cargo na Câmara Municipal de Manaus (CMM), em 2022, quando foi eleito deputado federal, por causa da “vontade popular”. Mandel afirma que, até o mês de dezembro de 2023, ele não tinha a intenção de disputar a cadeira de David Almeida, porém, percebeu que “não pode deixar a cidade nas mãos de pessoas que são coniventes com facções criminosas”.

“Eu me candidatei anteriormente [para a Câmara federal] por uma vontade popular e é por uma vontade popular que eu vou ficar ou sair. Então, o povo é soberano e ele vai decidir. Eu estou me candidatando, me propondo a uma candidatura em razão dos últimos acontecimentos. De dezembro pra cá, realmente, eu não tinha essa intenção, mas eu percebi que eu não posso deixar essa cidade ser comandada por pessoas que são coniventes com o crime organizado ou que até mesmo tenham algum tipo de ligação com essas facções”, declara o político.

Ex-colega de bancada de Amom Mandel, o vereador William Alemão (Cidadania), que é oposição ao prefeito David Almeida na CMM, disse ao Portal AM1 que “Manaus precisa de algo novo para o Executivo municipal”, pois acredita que o deputado federal “tem condições e tem cabeça para montar um time muito bom para gerenciar as tarefas que Manaus tanto precisa”.

“Manaus está precisando de alguém que mergulhe nos problemas e resolva e não só coloque tinta em cima para tentar resolver as coisas”, destacou.

Alemão afirma, ainda, que embora não pareça, Amom pode, sim, ganhar força política para garantir uma base aliada no Parlamento municipal, pois, exemplo disso é a situação de David Almeida, hoje, que foi eleito, mas não tinha uma base forte, porém, conseguiu nos últimos três anos de mandato fazer com que boa parte dos projetos de lei do Executivo municipal fossem aprovados na Casa legislativa.

Pesquisa

Amom Mandel carrega em seu histórico político o fardo de não cumprir mandato, pois em 2020, ele foi eleito vereador para ocupar uma das 41 cadeiras da CMM, na 18ª Legislatura; porém, ficou no cargo somente por dois anos, já que decidiu que queria ser deputado federal.

Em 2022, conseguiu ser eleito, mas agora almeja o cargo de David Almeida, o que, para alguns eleitores, não é certo. De acordo com pesquisa realizada pelo Portal AM1 nas redes sociais, os eleitores não parecem confiantes em depositar seu voto em políticos que não conseguem terminar o mandato.

Conforme a enquete: “Político que não termina o mandato merece o seu voto?”, 56% dos eleitores disseram que não, que não votariam nesse tipo de candidato; 40% disseram que sim, que o político merece o seu voto; já 4% afirmam que talvez.

Os eleitores também aproveitaram para dizer quais são as suas opiniões quanto ao assunto. “Não merece voto de ninguém, político que é eleito para um cargo tem que terminar o mandato [para] o qual foi eleito”, afirmou um dos eleitores. Outro disse: “Se não teve compromissos com os outros mandatos, como terá com o cargo de prefeito?”.

Um outro eleitor também concordou com as afirmações anteriores e disse que o político que não termina mandato “não tem responsabilidade e fica pulando de galho e galho”. Mas alguns disseram que essa questão não é válida, pois há coisas mais importantes no histórico na hora do voto.

 

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