O presidente da Associação dos Magistrados do Amazonas (Amazon), juiz Cássio Borges, criticou a forma como estão sendo conduzidas as campanhas dos advogados para o Quinto Constitucional. O dispositivo está previsto no Artigo 94 da Constituição, no qual determina que um quinto das vagas dos tribunais brasileiros seja preenchido por advogados e membros do Ministério Público.
No Estado, 34 advogados se inscreveram para concorrer à lista sêxtupla para o cargo de Desembargador pelo Quinto Constitucional da Advocacia perante o Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas (TJAM), após 14 anos sem ocorrer esse tipo de pleito na classe. A eleição será realizada entre os dias 24 de abril e 25 de maio.
Cássio Borges informou ao Amazonas1 que os candidatos deveriam adotar uma postura retraída e discreta. Ele disse que o atual cenário de campanhas aponta para uma “exposição exacerbada” e “incompatível” com o cargo que os candidatos querem alcançar. Nos últimos dias, advogados realizaram grandes eventos como feijoadas e coquetéis para conquistar o “eleitorado”.
“O debate devia ser exclusivamente jurídico, com temas que além de ser de interesse público e social, sejam de relevância para o futuro do nosso país. Eles deviam estar falando sobre a legalização do aborto, porte de arma e outros assuntos pertinentes”, observa o presidente da Amazon.
Ele disse ainda que, como advogado, não votaria em candidato que não fizesse uma campanha discreta. “Recentemente, o Ministério Público do Estado preencheu seu quinto constitucional e não houve esse tipo de campanha midiática e acredito que é desta forma que deva acontecer”, concluiu Cássio Borges, sem querer dar mais detalhes de sua opinião.
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