Manaus, 19 de maio de 2024
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Cidades

Amazonas soma 273 mil pessoas afetadas pela seca

Silves e Santa Isabel do Rio Negro, que estavam em situação de alerta no boletim anterior, decretaram situação de emergência.

Amazonas soma 273 mil pessoas afetadas pela seca

Estiagem 2023 (Foto: Antônio Mendes/Portal AM1 )

Manaus (AM) –  Subiu para 273 mil pessoas afetadas pela estiagem neste domingo (8), informou o Governo do Amazonas, por meio do Comitê de Intersetorial de Enfrentamento à Situação de Emergência Ambiental.

De acordo com o Comitê, até o momento, permanecem em situação de emergência 42 municípios, 18 cidades em alerta, nenhum em estado de atenção e 2 entraram em normalidade. Os dados mostram ainda que na última sexta-feira (6), às 11h45, o município de Canutama saiu de atenção para situação de alerta.

Silves e Santa Isabel do Rio Negro, que estavam em situação de alerta no boletim anterior, decretaram situação de emergência.

Dessa forma, o Amazonas soma 273 mil pessoas afetadas até o momento, pela seca, configurando 68 mil famílias. No último boletim, eram 266 mil pessoas afetadas. Houve aumento também no número de famílias afetadas, subindo de 66 mil para 68 mil.

O Comitê foi instituído no dia 29 de setembro pelo Governador Wilson Lima, que também decretou situação de emergência em 55 municípios do Amazonas afetados pela seca severa que atinge o estado.

Wilson Lima também anunciou medidas para reforçar as ações do Governo, que já estão em andamento, por meio da operação Estiagem 2023.

Frete encareceu

Devido ao período seco, os rios do Amazonas desapareceram e tornou-se impossível trafegar por eles em grandes embarcações, e a população já começou a sentir no bolso o preço dessa mudança.

A seca implacável deste ano, é uma das mais severas já registradas no Amazonas, e são os ribeirinhos quem mais estão sentindo os impactos dela. Em Uarini, por exemplo, o aumento expressivo nos preços dos alimentos tem afetado diretamente o custo de vida dos habitantes.

 Com a impossibilidade de atracar nos portos municipais, os proprietários de mercados locais precisam buscar alternativas para adquirir mercadorias em lugares mais distantes.

O coemrciante Esaú Praia Frazão, 33, relatou ao Portal AM1 que, devido à severidade da vazante dos rios, os custos para abastecer seu estabelecimento praticamente dobraram.

Trabalhadores carregando mercadorias (Foto: Arquivo pessoal)

“Hoje, meu frete gira em torno de R$ 2 mil ou mais, quando antes não ultrapassava R$ 1.200. Isso sem mencionar que também temos que arcar com os custos das canoas para transportar as mercadorias, já que os barcos não conseguem mais alcançar o porto. Eles cobram de R$ 300 a R$ 350 por canoa, e cada uma comporta em média 200 volumes de produtos”, destacou o comerciante.

 

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