Manaus, 26 de abril de 2024
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Manaus, 26 de abril de 2024

Cidades

Justiça federal condena ex-prefeito de Rio Preto a devolver R$ 100 mil

Luiz Ricardo de Moura Chagas aplicou irregularmente recursos repassados ao município pelo Ministério do Turismo e deve ressarcir os cofres públicos, além de pagar R$ 20 mil em multa.

Justiça federal condena ex-prefeito de Rio Preto a devolver R$ 100 mil

Reprodução (Foto: divulgação MPF)

 

Em atendimento à ação ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF), a Justiça Federal condenou o ex-prefeito de Rio Preto da Eva, Luiz Ricardo de Moura Chagas, por improbidade administrativa. Chagas não prestou contas de recursos repassados pelo Ministério do Turismo e foi condenado a ressarcir o dano no valor de R$ 109.492,50.

De acordo com a ação do MPF, entre os anos de 2011 e 2012, foram transferidos R$ 109.492,50 ao Município de Rio Preto da Eva em duas parcelas, com valores de R$ 9.311,25 e R$ 100.181,25.

Foi constatada a não prestação de contas da segunda parcela referente ao contrato de repasse firmado entre a União e o Município, destinado ao financiamento de obras de saneamento básico, iniciadas na gestão anterior, com a construção de rede de drenagem de águas pluviais em diversas ruas da cidade.

Durante sua gestão, Chagas, que era o responsável direto pela execução dos valores repassados ao Município de Rio Preto da Eva pelo Ministério do Turismo, com o intermédio da Caixa Econômica Federal (CEF), não deu continuidade às obras e deixou de prestar contas dos valores repassados ao Município. O valor total contratado foi de R$ 502,5 mil. Desse montante, R$ 487,5 mil foram financiados pela União e R$ 15 mil seriam a contrapartida do Município.

O ex-prefeito, que não apresentou justificativa para a não prestação de contas, foi condenado conforme a Lei da Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/92) ao ressarcimento do dano causado à União, correspondente à quantia de R$ 109.492,50, acrescida de juros de mora e atualizados monetariamente; ao pagamento de multa cível no valor de R$ 20 mil; e à suspensão dos direitos políticos pelo prazo de oito anos, “tendo em vista que revelou, na gestão do patrimônio público, não ter o necessário e imprescindível respeito aos princípios norteadores da administração pública e às normas de manuseio do dinheiro público’, conforme sentença judicial.

Com informações do MPF