O conselheiro do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM), Josué Filho, afirmou na manhã desta segunda-feira, 23, que não tem interesse em anular o concurso da Secretaria de Educação do Amazonas (Seduc), que é alvo de representação com pedido de cancelamento tanto no Ministério Público do Amazonas (MP-AM), como no Ministério Público de Contas (MPC-AM), depois de diversas denúncias de irregularidades.
Em entrevista ao Portal Amazonas1, Josué disse que analisará a representação do Ministério Público de Contas do Amazonas (MPC-AM), que pede a anulação do certame, com base nas denúncias de candidatos que se sentem prejudicados com o andamento do concurso e se for necessário levará a decisão do pleno do TCE ainda na terça-feira, 24.
“O processo com a defesa do secretário de educação (Lorenço Braga) chegou às minhas mãos e estou lendo, vou informar vocês que vou ter muito zelo em analisar isso, porque eu não tenho interesse em anular concurso, eu tenho interesse em fazer concurso, é uma questão de filosofia de vida e de administrador”, pontuou.
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Para ele, o grande problema da Seduc foi fazer o concurso para todos os cargos em um só dia, comparando o certame a uma eleição geral no estado, uma vez que mais de 200 mil pessoas realizaram o concurso. “O grande problema da Seduc foi querer fazer tudo de uma vez, os cargos para merendeira, professor, vigia. Cada um devia navegar na sua própria calha”, frisou.
Gatos pingados
O conselheiro disse ainda que ninguém ganha com o cancelamento da prova, e chamou de “gatos pingados” a comissão formada por pelo menos 30 pessoas, a mesma que vem questionando a lisura do concurso, bem como da banca organizadora, do ‘Instituto Acesso de Ensino, Pesquisa, Avaliação, Seleção e Emprego (Instituto Acesso)’.
Para ele, as reclamações são apenas sobre o tempo de experiência da empresa organizadora e o fato dela ter realizado apenas cinco concursos e não sobre “erros representativos. Ele acrescentou que no universo de mais de 200 mil inscritos não é possível 100% de perfeição e finalizou afirmando que “ninguém ganha com o cancelamento” do certame e que vai ouvir todos os lados para tomar uma decisão monocrática ou levar ao plenário do órgão.
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