Coluna Cenário
Há uma semana no governo, o grupo do governador Amazonino Mendes (PDT) vem apontando rombos milionários da gestão anterior sem apresentar provas documentais, e esquece o que ocorreu há quatro anos com o seu líder, quando em janeiro de 2013, o Ministério Público do Estado (MP-AM) abriu um inquérito para apurar um “rombo” de R$ 240 milhões deixado por Amazonino, nos cofres da Prefeitura de Manaus.
Na época, o atual governador passava a administração da capital para o seu sucessor, Arthur Neto (PSDB), e o tucano apontou a diferença encontrada no caixa durante a leitura da mensagem governamental, no dia 6 de janeiro de 2013, na Câmara Municipal de Manaus (CMM).
Com a declaração de Arthur Neto, a procuradora de Justiça Jussara Pordeus abriu a investigação da denúncia do prefeito, mas até hoje não se sabe ao certo o que ocorreu com o resultado do inquérito.
O titular da Secretaria Municipal de Finanças (Semef) da época, Ulisses Tapajós, informou que o déficit foi encontrado, principalmente, nos contratos empenhados por Amazonino Mendes.
Contas ilegais
Na ocasião, Arthur Neto disse que iria pagar somente as contas consideradas legais e disse que os contratos seriam revistos, analisados e auditados, de forma a separar as dívidas corretas das “incorretas”. Estas últimas, afirmou Arthur Neto, na época, seriam pagas por meio de um “leilão inverso”, em que o credor dá descontos em cima do que tem a receber até chegar a um consenso com a prefeitura.
No dia 25 de janeiro de 2013, por meio do decreto 2.109, publicado no Diário Oficial do Município (DOM), o prefeito Arthur Neto criou uma comissão provisória para recebimento e análise de contas composta pelos ex-secretários da Semef, Ulisses Tapajós e da Administração (Semad), Luiz Pinheiro.
A medida atendia à resolução 21 do TCE, que determina a todos os gestores que, ao final de cada administração, entreguem ao tribunal um relatório geral do perfil da prefeitura.
O prefeito de Manaus ajudou Amazonino na eleição suplementar deste ano, mas, agora, aliados afirmam que os dois estão afastados, porque o tucano não conseguiu emplacar secretários no governo. Nem Arthur nem Amazonino falam mais do “rombo” de R$ 240 milhões deixado na prefeitura em 2013.
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