Manaus, 20 de maio de 2024
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Cenário

Aos 82 anos, Amazonino mira Governo do Amazonas: ‘estou preparado’

Em entrevista nesta segunda-feira, Amazonino revela quais os seus principais projetos, caso seja eleito governador em 2022

Aos 82 anos, Amazonino mira Governo do Amazonas: ‘estou preparado’

Foto: reprodução

MANAUS, AM – Aos 82 anos de idade, o cacique político do Amazonas, Amazonino Mendes (União Brasil), mira o governo estadual em mais uma eleição majoritária na qual ele confirma que será candidato. Em entrevista a uma emissora local, nesta segunda-feira (22), o pré-candidato revelou projetos e objetivos para a população amazonense.

Na ocasião, Amazonino também revelou que caminha lado a lado com senador Eduardo Braga (MDB). Segundo ele, os dois costumam se encontrar eventualmente para tratar de assuntos administrativos. Embora tenha sido derrotado pelo atual prefeito David Almeida (Avante), Braga apoiou Mendes para a Prefeitura de Manaus nas eleições municipais de 2020.

“Na verdade, o Eduardo me apoiou recentemente na campanha para a prefeitura, nos respeitamos mutuamente, nos entendemos e é muito natural e comum nos nossos encontros, embora bissextos, discutirmos problemas técnicos, administrativos, já que, eu diria que ambos, estamos muito preocupados com o destino do estado, com o que vem acontecendo com o estado. E é uma coincidência, isso apareceu agora, o estado nunca esteve à deriva, verdadeiramente sem rumo, numa situação extremamente crítica, em toda a sua história, como está hoje”, disse Amazonino.

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Na ocasião, o ex-gestor afirmou que vem fazendo uma revisão nas suas articulações e equipe política, já de olho nas eleições do ano que vem. “Eu, modestamente, venho de duas eleições que fui derrotado. Então, eu, mais do que ninguém, estou fazendo revisão, analisando, não apenas porque teria sido derrotado, mas a gente percebe que precisa se integrar mais, organizar uma equipe nova, com todo respeito ao pessoal que me ajudou a fazer o legado que nós estamos deixando […] Nunca estive tão preparado para assumir o governo como agora”, afirmou.

No pleito passado, em decorrência da pandemia de covid-19 e levando em consideração que Amazonino é do grupo de risco, já que tem mais de 80 anos, sua campanha teve foco nas redes sociais, com a frase “O Pai Tá On”. Na ocasião, Amazonino chegou a dizer que não enfrentaria mais outra eleição novamente. Porém, o pré-candidato mudou de ideia.

“Era o meu sentimento, porém, as coisas mudaram muito. Como eu disse, tem um governo que deixou o estado em uma situação extremamente crítica, então o estado está precisando de socorro. Eu acho que eu estou, mais do que ninguém, me desculpe a falta de modéstia, preparado para recuperar e ajustar, botar de novo o estado nos trilhos, com todo respeito a todos eles, meus concorrentes, são competentes, são capazes. Mas, desculpe, é uma verdade. Eu não posso deixar o estado assim, ir para o fundo de uma rede e descansar, como diz um novo adversário meu aí, que está acostumado a dizer isso, é um ingrato, uma coisa lamentável que ocorreu na minha vida”, disse.

Foco

Com quatro experiências como governador, Amazonino apontou que um dos seus focos, caso eleito, será na família amazonense e nos seus principais anseios, que, segundo ele, são a saúde, educação e a segurança pública.

“O meu objetivo básico são as pessoas, as famílias. O que eu quero dizer com isso? O que é bom para a família? A família quer o trivial, saúde pública… Quem tem dinheiro, pega um avião e vai para São Paulo, e se ajusta lá, mas quem não tem, morre à mingua, vai morrer nas sarjetas. Hoje o povo está passando fome, literalmente fome […] Então, a gente que focar nas pessoas, nas crianças, na educação básica das crianças. Eu vi a entrevista do Eduardo (Braga) aqui, ele falou em escola integral, e ele está certo. A escola integral é cara, muito cara, mas só ela é que vai funcionar”, disse.

Interior

Em relação ao interior do estado, Mendes pretende destacar a potencialidade de cada município e alavancar a região economicamente.

“O que tem que fazer, e eu venho dizendo isso há muito tempo, é ver a potencialidade econômica de cada área e região do interior e incrementar verdadeiramente. Por exemplo, eu vejo o Sul do Madeira com uma perspectiva gigantesca no agro, falo isso e não é de hoje e isso é importante. Pessoal fala muito do caso de Coari, o potássio lá, mas a gente depende muito de um país maluco, um país que não se respeita, um país que legisla mal, um país que do ponto de vista judiciário é complicado. Então, a gente tem que dar um jeito local”, disse.

Amazônia

Sobre a Amazônia, Mendes destacou que é necessária uma maior união entre os senadores da região no Congresso Nacional, a fim de fazer a região Norte ter maior relevância no Senado.

“Eu tinha essa tendência de olhar a Amazônia. Na política da Suframa, quando fui senador, Manaus não pertencia ao conselho, Manaus, nem Amapá, nem Acre. Eu trabalhei muito nesse sentido, eu queria a Amazônia integrada, porque os estados amazônicos integrados, eles também seriam um peso, unidos no Senado Federal. E eu me ressentia sempre, do ponto de vista político, o que o Sul fazia conosco, pintava e bordava. A estrutura legal da Suframa, e isso ninguém fala, acho um absurdo isso, foi toda modificada por injunções abusivas de São Paulo e outros estados, à mercê da nossa pequenez política”, disse.

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