Manaus, 19 de maio de 2024
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Manchete

Após denúncias, Amazonino regulariza entrega de medicamentos para crianças

Após denúncias, Amazonino regulariza entrega de medicamentos para crianças

(Foto: Reprodução)

A falta de medicamentos foi denunciada pelos pais das crianças diabéticas (Reprodução/Internet)

Após denúncias de pais e familiares de crianças diabéticas no Amazonas, a gestão do governador Amazonino Mendes (PDT) regularizou o fornecimento de insulina na Central de Medicamentos do Amazonas (Cema), mais de três meses após tomar posse do cargo.

A regularização da falta de medicamentos na Cema estava entre as promessas de Amazonino feitas na campanha para a eleição suplementar, no ano passado. Na época, ele disse que resolveria o problema assim que entrasse no governo. 

Mas seu governo demorou três meses para normalizar o estoque do medicamento e, nesse período, gerou muita angústia aos mais de 300 pacientes que recebem a insulina Lantus.

Durante o balanço dos 100 dias de governo de Amazonino, na quinta-feira, 11, o secretário de Saúde, Francisco Deodato, chegou a dizer que a denúncia da falta de insulina havia sido “maldosa”. Ao fazer isso, ele ignorou o sofrimento dos pais que não recebiam nenhuma informação precisa quando se dirigiam à Cema.

Os pais criaram até um grupo no WhatsApp, para se ajudarem. “Comer um doce, um pudim, é como uma sentença de morte se não tiver esse remédio”, disse uma mãe ao Amazonas 1. Confira aqui a reportagem.

Primeira remessa

A Susam informou que a Cema recebeu, na quarta-feira, 10, a primeira remessa da Lantus, distribuída para pacientes cadastrados no Programa Estadual de Medicamento Especializado (Proeme).

Deodato, que chamou a denúncia de maldosa, admitiu que o estoque estava mesmo zerado, ainda que tenha atribuído o fato à gestão anterior. Segundo a Susam, a insulina Lantus estava entre os itens encontrados na Cema com estoque zerado ou muito abaixo da normalidade. Quando assumiu a secretaria, em outubro passado, a Cema tinha apenas 26% de estoque e prevê fechar o mês de janeiro com 80% de abastecimento. 

Substituição

O coordenador da Cema, Olavo Tapajós, ressaltou que a Central de Medicamentos possuía no estoque insulina alternativa à Lantus, mas que a dispensa dependia da troca de prescrição do médico. “Durante o período em que a insulina Lantus esteva em falta, nossos farmacêuticos orientaram que havia em estoque medicação alternativa, a exemplo da Degludeca. Para tanto, havia necessidade de alteração na prescrição médica”, informou.

O problema, segundo os pais, é que os filhos não dependem apenas da Lantus. Havia, na verdade, outras insulinas que os filhos precisam tomar, como a Humalog e a Lispro. A Susam não explicou se o estoque destes outros, também, foi normalizado.