Manaus, 21 de maio de 2024
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Após nova internação, Luciano Szafir revela ter visto a morte ‘duas vezes’

Trauma de hospitais e sequelas da Covid.

Após nova internação, Luciano Szafir revela ter visto a morte ‘duas vezes’

Luciano Szafir concedeu uma entrevista ao veículo O Globo e relembrou os momentos assustadores durante as suas internações por conta das complicações da Covid-19. 

Aos 53 anos de idade, o artista contou que viu a morte de perto duas vezes, confessou que está com trauma de hospitais e, no final, afirmou que agora sabe o valor da vida  

Eu passei 29 dias deitado ou sentado olhando para o teto Claro, fazia fisioterapia durante uma hora por dia, mas depois voltava a deitar ou sentar na maca sem respirar um ar puro. Se contar todo o meu período em hospitais, eu passei 70 dias dentro deles. Eu não pretendo passar por um bom tempo nem para visitar alguém, disse.

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De três internações, Luciano confessou que a retirada da bolsa de colostomia foi a mais difícil:

Depois da cirurgia, eu já estava no quarto, começando a me alimentar, prestes a receber alta, uma das alças do meu intestino inflamou e a comida que eu coloquei para dentro ficou entupida. Passei muito mal, precisei vomitar, mas não foi o suficiente, colocaram uma sonda em mim. Um cabo, de cerca de 60 centímetros. Os médicos introduziram pela minha narina até a região da garganta. De lá, eu precisei fazer movimentos peristálticos para engolir o tubo, que tem a grossura de um canudo de milkshake, até chegar no estômago. Fiquei uma semana com essa sonda, sem me alimentar direito, sem dormir, foi desesperador. E isso precisava ser feito para desinflamar as alças e fazer com que o órgão voltasse a funcionar normalmente. Foi doloroso, duro e muito difícil.

Em seguida, o artista revelou os dois momentos que achou que iria morrer. A primeira aconteceu em sua primeira internação:

Eu estava no CTI, eram duas da manhã, tomei meu remédio, dei boa noite para todo mundo e dormi. Quando abri o olho, havia uns quatro médicos em volta de mim. Acordei sentindo uma dor no peito absurda. No quadro, onde fica os batimentos cardíacos, estava marcando 180. O normal acelerado era 70. Os meus batimentos cardíacos chegaram nos 202, antes de pararem. Eu ouvi aquele som contínuo da máquina, o mesmo que escutamos nos filmes quando o personagem morre. Eu só pensava que a qualquer momento as luzes se apagariam. Eu estava totalmente consciente, quase quebrei a mão da doutora de tanto que eu a apertava. Foram os dez piores segundos da minha vida. E do nada a máquina começou a contar os batimentos novamente, até parar no 80. O meu coração foi desligado. É uma sensação de pular do precipício sem paraquedas.